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RETOMADA?
Para a Fiesp, base é fraca
Vendas da indústria de SP crescem 30,7%
DA REPORTAGEM LOCAL
As vendas reais da indústria
paulista registraram alta de 30,7%
em março em relação ao mesmo
período de 2003. Na comparação
com fevereiro, também houve
crescimento de 22,3%.
Os números foram anunciados
ontem pela Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo), que não chegou a comemorar
o resultado.
"Ainda temos aí a pressão das
exportações, que ajudaram a elevar as vendas. Além disso, não
podemos esquecer que em março
tivemos um número maior de
dias úteis do que em 2003", disse
Claudio Vaz, diretor de pesquisas
econômicas da Fiesp.
O mês passado registrou 23 dias
úteis, o que tende a elevar o período propício para a produção fabril. Em março de 2003, foram 19
dias úteis. Em fevereiro de 2004,
foram 18 dias úteis.
O diretor da federação calcula
que de 7 a 8 pontos percentuais
desse aumento de 22,7% nas vendas reais em março sobre fevereiro foi causado pela expansão nas
vendas externas.
Para explicar os dados, a federação também lembra que os resultados de março foram comparados com o desempenho do ano
passado, quando a produção e as
vendas patinaram.
Sem base
"Tivemos um março em 2003
bem fraco. Durante todo o primeiro semestre, nossa base de
comparação está comprometida", disse.
Ontem a federação deveria
anunciar o desempenho do INA
(Indicador de Nível de Atividade)
da indústria paulista em março,
mas isso não ocorreu. Pela primeira vez desde 1994, quando o
indicador começou a ser calculado, o INA não foi apresentado.
Isso aconteceu porque o indicador é calculado com base em números sobre a produção industrial paulista apresentados pelo
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Mas o IBGE decidiu reformular
a sua Pesquisa Industrial Mensal.
O levantamento passou a incluir
novos setores da indústria que
não estavam contemplados na
antiga e alterou o peso dos setores
na pesquisa.
"A mudança no cálculo do IBGE quebrou o INA. Estamos refazendo as contas", afirmou Vaz.
Capacidade
Foram apresentados, no entanto, indicadores conjunturais, entre eles o nível de utilização da capacidade instalada.
Entre os 11 setores da economia
analisados, 7 registraram aumento no uso das instalações fabris,
mas quatro apresentaram queda
em relação a igual período de
2003.
No geral, a utilização da capacidade subiu e passou de 81,3% em
março de 2003 para 82,6% no mês
passado.
Um dos destaques negativos foi
o setor alimentício, que registrou
uma queda de 79,8% para
77%.
(AM)
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