São Paulo, sábado, 30 de abril de 2005

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Desconto em folha pode levar a mais aperto, diz Kawall

DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A subestimação do crédito consignado (linha de financiamento com pagamento descontado em folha) é um dos fatores que podem levar a um aperto monetário mais forte do que o previsto, na avaliação do diretor da Área Financeira do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Kawall. Segundo ele, o estímulo ao crédito pode fazer com que o consumidor não sinta integralmente os movimentos da taxa básica de juros.
"Isso não quer dizer que a política monetária não funcione, pelo contrário, quer dizer que talvez o aperto monetário acabe sendo mais contundente do que se esperava de início para produzir efeito", disse. O diretor citou também a Lei de Falências e a redução do "spread" (diferença entre taxa de captação e a efetivamente cobrada aos clientes) no mercado financeiro como incentivadores do consumo.
Para Kawall, que participou de seminário promovido pela Aberj (Associação dos Bancos no Estado do Rio de Janeiro) sobre a política monetária e de crédito, há surpresa com o desempenho do crédito consignado. "O acesso ao crédito nunca foi tão favorável. Nos últimos 20 anos, não me lembro de nada semelhante".
(JL)


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