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EQUIPE ECONÔMICA
Portugal é elogiado
Meirelles nega que vá haver mudança no BC
ADRIANA MATTOS
ENVIADA ESPECIAL A CARTAGENA
O presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, evitou fazer
comentários a respeito da possibilidade de troca no comando do
Banco Central ainda neste ano.
Há rumores de que a entrada de
Murilo Portugal na equipe econômica, anunciada na quinta-feira,
seja um passo inicial para a troca
de comando no BC. Isso porque
especula-se com a possibilidade
de que Meirelles dispute o cargo
de governador de Goiás em 2006
e, para isso, necessitaria abandonar suas atividades no Banco
Central, segundo informou ontem a Folha.
"O Murilo [Portugal] é um
grande nome para qualquer posição na área econômica do governo. Por isso, eu e o ministro Palocci [Antonio Palocci Filho, ministro da Fazenda] tivemos todo o
empenho em trazê-lo para o Brasil. Dito isso, não temos planos de
qualquer mudança na direção do
Banco Central."
Um dia depois da publicação da
ata do Copom relativa ao mês de
abril, o presidente do BC disse
que esta não é uma ata que pode
ser resumida como "emocional".
"Não qualificamos [a ata] como
sendo otimista, pessimista, mazinha ou boazinha. Não tem conteúdo emocional e ela é clara e
transparente", afirmou, ao ser
questionado sobre o fato de analistas de mercado terem considerado como extremamente conservadora a ata, assim como a decisão do BC de elevar os juros.
Ele destacou, porém, que a possibilidade de o aumento nos juros
ter sido feito de olho nos riscos inflacionários de 2006 "foi um ponto da ata em que gastaram-se vários dias e horas [em discussão]".
"[Sobre essa questão], cada palavra diz exatamente a nossa mensagem, e não vou adicionar palavras ao que já está escrito no documento a respeito desse tema".
Trocas no ministério
Para o economista-chefe do
Bird (Banco Mundial), Guillermo
Perry, a saída de Marcos Lisboa
da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda
não deve provocar uma "mudança substancial" na orientação da
política econômica.
Palocci anunciou anteontem a
saída de Lisboa. Em seu lugar, ficará o secretário-executivo do
Ministério da Fazenda, Bernard
Appy, que será substituído por
Murilo Portugal. Segundo Perry,
a escolha de Portugal para a vaga
de Appy indica continuidade na
condução da política econômica.
O diretor da Área Financeira do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Kawall, também disse que as alterações não representam uma mudança de rumo, pois
tanto Lisboa como Portugal "estão completamente alinhados
com a política em curso".
Para Kawall, Lisboa não deixou
o posto por discordar da política
de juros altos: "Tenho todos os
motivos para acreditar que a saída dele tenha sido causada por
motivos pessoais".
Colaborou a Sucursal do Rio
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