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TRABALHO
CUT e Força terão shows e manifestações contra política econômica; sindicalistas voltam a pedir "demissões" no Banco Central
Centrais sindicais atacarão juro no 1º de Maio
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A política econômica do governo Lula -criticada pelos juros altos e pela carga tributária- e as
mudanças na estrutura sindical
brasileira vão ser alvo das centrais
sindicais nas comemorações do 1º
de Maio que ocorrem em São
Paulo e em várias regiões do país.
O presidente da CUT, Luiz Marinho, voltou a pedir ontem a demissão de "alguns diretores" do
Banco Central para mudar a política de juros altos adotada pela
equipe econômica do governo.
A CUT informou que também
quer explicar à população a importância da reforma sindical e
mostrar que, com ela, haverá
avanços significativos ao sindicalismo -como o fim do imposto e
da unicidade sindical (só um sindicato por categoria em uma base
territorial) e o fortalecimento das
negociações coletivas.
Pelo segundo ano consecutivo,
o megaevento da CUT será na
avenida Paulista. Mais de 30 artistas e parlamentares devem participar do ato. No total, a central
gastou cerca de R$ 2 milhões
-bancados com patrocínio de
empresas privadas -como Ambev, Marabraz, Telefônica, entre
outras- e estatais -Petrobras e
Caixa Econômica Federal.
Com o slogan "Menos impostos
e mais empregos", a Força Sindical deve reunir no palco da praça
Campo de Bagatelle, zona norte,
onde acontece a sua megafesta,
políticos de oposição ao governo
Lula. O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, é um dos parlamentares mais esperados. Os gastos estão estimados em cerca de
R$ 2 milhões e também houve patrocínio de empresas privadas e
estatais. Serão sorteados dez carros e cinco apartamentos.
Hacker "pornográfico"
O presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, informou
que o site da central foi invadido
anteontem à noite por um hacker,
que trocou as imagens da programação do 1º de Maio por fotos
pornográficas. "Pedimos para investigar e aumentamos a segurança em nosso site. É um desrespeito colocar cenas de sexo no lugar
dos logotipos do 1º de Maio."
Segundo o sindicalista, um grupo de pessoas -parte delas armada- tentou ontem de madrugada retirar faixas da Força que
convidam o trabalhador para a
festa da central. "Contratamos 17
pessoas para tomar conta de 17
faixas colocadas em locais estratégicos. Houve ameaça a um guardador na Estação da Luz, ele ficou
assustado e fugiu. Na ponte Cruzeiro do Sul, evitamos a retirada
porque acionamos a polícia."
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