São Paulo, sábado, 30 de abril de 2005

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TRABALHO

CUT e Força terão shows e manifestações contra política econômica; sindicalistas voltam a pedir "demissões" no Banco Central

Centrais sindicais atacarão juro no 1º de Maio

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A política econômica do governo Lula -criticada pelos juros altos e pela carga tributária- e as mudanças na estrutura sindical brasileira vão ser alvo das centrais sindicais nas comemorações do 1º de Maio que ocorrem em São Paulo e em várias regiões do país.
O presidente da CUT, Luiz Marinho, voltou a pedir ontem a demissão de "alguns diretores" do Banco Central para mudar a política de juros altos adotada pela equipe econômica do governo.
A CUT informou que também quer explicar à população a importância da reforma sindical e mostrar que, com ela, haverá avanços significativos ao sindicalismo -como o fim do imposto e da unicidade sindical (só um sindicato por categoria em uma base territorial) e o fortalecimento das negociações coletivas.
Pelo segundo ano consecutivo, o megaevento da CUT será na avenida Paulista. Mais de 30 artistas e parlamentares devem participar do ato. No total, a central gastou cerca de R$ 2 milhões -bancados com patrocínio de empresas privadas -como Ambev, Marabraz, Telefônica, entre outras- e estatais -Petrobras e Caixa Econômica Federal.
Com o slogan "Menos impostos e mais empregos", a Força Sindical deve reunir no palco da praça Campo de Bagatelle, zona norte, onde acontece a sua megafesta, políticos de oposição ao governo Lula. O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, é um dos parlamentares mais esperados. Os gastos estão estimados em cerca de R$ 2 milhões e também houve patrocínio de empresas privadas e estatais. Serão sorteados dez carros e cinco apartamentos.

Hacker "pornográfico"
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, informou que o site da central foi invadido anteontem à noite por um hacker, que trocou as imagens da programação do 1º de Maio por fotos pornográficas. "Pedimos para investigar e aumentamos a segurança em nosso site. É um desrespeito colocar cenas de sexo no lugar dos logotipos do 1º de Maio."
Segundo o sindicalista, um grupo de pessoas -parte delas armada- tentou ontem de madrugada retirar faixas da Força que convidam o trabalhador para a festa da central. "Contratamos 17 pessoas para tomar conta de 17 faixas colocadas em locais estratégicos. Houve ameaça a um guardador na Estação da Luz, ele ficou assustado e fugiu. Na ponte Cruzeiro do Sul, evitamos a retirada porque acionamos a polícia."


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