São Paulo, sábado, 30 de abril de 2005

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SONDAGEM

Levantamento da CNI aponta queda da produção e do faturamento do setor ante os últimos três meses de 2004

Indústria diminui o ritmo no 1º trimestre

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A produção e o faturamento da indústria caíram no primeiro trimestre tanto em relação ao mesmo período do ano passado quanto na comparação com com os três últimos meses de 2004, de acordo com a sondagem industrial trimestral da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O levantamento também mostrou que houve um aumento nos estoques das indústrias no primeiro trimestre, o que a CNI interpreta como um indicativo de que poderá haver uma queda ainda mais acentuada na produção nos próximos meses.
A sondagem é baseada em um índice que vai de 0 a 100 pontos. Quanto mais próximo de cem, melhor o resultado. As respostas abaixo de 50 indicam percepção negativa da indústria.
Com relação à produção, no primeiro trimestre a pontuação foi de 44,8, abaixo do resultado do último trimestre do ano passado, de 57,6, e também abaixo do mesmo período em 2004, de 48,7.
Para o faturamento, os pontos caíram de 47,6 no primeiro trimestre de 2004 para 43,9 no último trimestre. Nos três últimos meses do ano passado, a pontuação do faturamento foi de 58,2.
No caso dos estoques, o indicador foi de 49,8 no último trimestre do ano passado para 53,4. No primeiro trimestre de 2004, o resultado foi de 49,9.
De acordo com a CNI, a queda na produção em relação ao fim do ano passado era esperada, por causa de fatores sazonais, mas foi maior do que o previsto. Parte da queda no faturamento está relacionada à desvalorização do dólar, que afeta os lucros das empresas que exportam.
A CNI destacou, porém, que as respostas obtidas com relação ao emprego demonstram estabilidade. O indicador relativo ao emprego ficou em 49,2, mesmo valor do primeiro trimestre de 2004. No fim do ano passado, chegou a 54, mas a alta está relacionada às contratações desse período.
Segundo a CNI, são as grandes empresas, que tiveram 52,2 pontos, que estão mantendo o nível de contratação. Para as pequenas, o indicador foi menor, 47,7.
As pequenas empresas reduziram também a utilização da capacidade instalada: de 74% no último trimestre de 2004 para 68%, mesmo índice do início do ano passado. No caso das grandes empresas, a queda foi menor, de 83% no fim de 2004 para 81% no último trimestre.


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