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SONDAGEM
Levantamento da CNI aponta queda da produção e do faturamento do setor ante os últimos três meses de 2004
Indústria diminui o ritmo no 1º trimestre
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A produção e o faturamento da
indústria caíram no primeiro trimestre tanto em relação ao mesmo período do ano passado
quanto na comparação com com
os três últimos meses de 2004, de
acordo com a sondagem industrial trimestral da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O levantamento também mostrou que houve um aumento nos
estoques das indústrias no primeiro trimestre, o que a CNI interpreta como um indicativo de
que poderá haver uma queda ainda mais acentuada na produção
nos próximos meses.
A sondagem é baseada em um
índice que vai de 0 a 100 pontos.
Quanto mais próximo de cem,
melhor o resultado. As respostas
abaixo de 50 indicam percepção
negativa da indústria.
Com relação à produção, no
primeiro trimestre a pontuação
foi de 44,8, abaixo do resultado do
último trimestre do ano passado,
de 57,6, e também abaixo do mesmo período em 2004, de 48,7.
Para o faturamento, os pontos
caíram de 47,6 no primeiro trimestre de 2004 para 43,9 no último trimestre. Nos três últimos
meses do ano passado, a pontuação do faturamento foi de 58,2.
No caso dos estoques, o indicador foi de 49,8 no último trimestre
do ano passado para 53,4. No primeiro trimestre de 2004, o resultado foi de 49,9.
De acordo com a CNI, a queda
na produção em relação ao fim do
ano passado era esperada, por
causa de fatores sazonais, mas foi
maior do que o previsto. Parte da
queda no faturamento está relacionada à desvalorização do dólar, que afeta os lucros das empresas que exportam.
A CNI destacou, porém, que as
respostas obtidas com relação ao
emprego demonstram estabilidade. O indicador relativo ao emprego ficou em 49,2, mesmo valor
do primeiro trimestre de 2004. No
fim do ano passado, chegou a 54,
mas a alta está relacionada às contratações desse período.
Segundo a CNI, são as grandes
empresas, que tiveram 52,2 pontos, que estão mantendo o nível
de contratação. Para as pequenas,
o indicador foi menor, 47,7.
As pequenas empresas reduziram também a utilização da capacidade instalada: de 74% no último trimestre de 2004 para 68%,
mesmo índice do início do ano
passado. No caso das grandes empresas, a queda foi menor, de 83%
no fim de 2004 para 81% no último trimestre.
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