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Bovespa é a pior aplicação do mês, e moeda dos EUA tem maior queda desde abril de 2003; poupança perde da inflação
Bolsa perde 6,6% em abril, e dólar, 5,2%
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
Apesar de fechar em alta de
1,65% ontem, a Bovespa acumulou queda de 6,6% em abril e foi a
pior aplicação financeira pelo segundo mês consecutivo.
A fuga de capital estrangeiro da
Bolsa paulista, a preocupação
com crescimento menor na economia mundial e uma estagflação
-estagnação econômica acompanhada de inflação- nos Estados Unidos foram citados como
os fatores que justificaram o fraco
desempenho do mercado acionário paulista neste mês.
O saldo das compras e vendas
de ações com capital estrangeiro
na Bovespa em abril, até o dia 26,
estava negativo em R$ 1,5 bilhão.
Nos EUA, as Bolsas também
acumularam quedas no mês. O
índice Dow Jones caiu 3%. A Nasdaq teve perdas de 3,9%.
O dólar foi o segundo pior investimento do mês, acumulando
desvalorização de 5,2% -maior
queda mensal desde abril de 2003,
quando recuou 13,2%. Ontem, a
moeda caiu 0,94% e fechou cotada a R$ 2,529.
Nos 20 dias úteis de abril, o dólar registrou quedas em 15 fechamentos, terminou quatro dias em
alta e um estável. Para Mário Paiva, da corretora Liquidez, a tendência de queda da moeda norte-americana prosseguirá.
"O ingresso de recursos provenientes das exportações é muito
intenso. Isso faz com que o real se
valorize diante do dólar. Não existe pressão de compra no câmbio.
Pelo contrário, há uma oferta
muito grande da moeda no mercado", afirmou.
Para analistas, o dólar deve continuar em queda, com algumas altas pontuais, enquanto o BC não
voltar a atuar no câmbio.
Desde o dia 16 de março a autoridade monetária não compra divisas e há mais de sete semanas
não realiza leilão de venda de contratos cambiais ("swap reverso").
A poupança, aplicação mais popular do país, outra vez perdeu
para a inflação e rendeu apenas
0,70% em abril, enquanto o IGP-M (Índice Geral de Preços do
Mercado) ficou em 0,86%.
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