DA REDAÇÃO

O presidente americano, George W. Bush, disse que os números do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, que serão divulgados na manhã de hoje, mostrarão uma "economia muito devagar". Ele afirmou, no entanto, que não viu o relatório que será apresentado nem "pode adivinhar qual número será".
Questionado mais de uma vez durante entrevista para jornalistas em Washington se a economia dos EUA está em recessão, o mandatário preferiu fugir de uma resposta mais direta e voltou a cobrar que o Congresso torne permanente os cortes nos impostos.
"Eu vou dizer a vocês que estes são tempos muito difíceis para a economia, muito difíceis. E vamos deixar os economistas definirem o que é. Eu espero que aqueles que se preocupam com recessão, desaceleração ou seja lá do que vocês quiserem chamar tornem permanentes os cortes nos impostos, como uma maneira de ajudar a solucionar essa questão."
Em outro momento, Bush afirmou que o "cidadão médio não se importa" com a designação e quer saber se está pagando mais caro pelo litro da gasolina -além de estar preocupado em não perder a sua casa.
Vários economistas estimam que a economia americana teve uma pequena expansão nos primeiros três meses do ano (em torno de 0,5% na taxa anualizada), mas que deve entrar em território negativo neste trimestre, voltando a se recuperar a partir de julho -quando já devem ser sentidos mais fortemente os impactos do plano de estímulo do governo dos EUA.
No último trimestre do ano passado, a economia americana se expandiu 0,6%, o menor crescimento em cinco anos, o que aumentou ainda mais os temores de recessão nos Estados Unidos -resultado, especialmente, das crises nos mercados imobiliário e financeiro.


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