São Paulo, quarta-feira, 30 de abril de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

ÁREA MAIOR
A área de pastagem parou de encolher. Ao contrário, cresceu no ano passado, segundo Maria Gabriela Tonini, consultora da Scot Consultoria. Em 2001, o Brasil tinha 179,2 milhões de hectares destinados a pastagens, área que, após reduções ano a ano, chegou a 172,7 milhões em 2004.

O RETORNO
Devido à crise agrícola, o espaço de pastagens voltou a crescer, principalmente nas áreas de fronteiras. Em 2007, somaram 176,5 milhões. São Paulo foi o Estado que mais perdeu área (4,23%) em relação a 2006, principalmente devido à cana. Pará foi o que mais ganhou: 4,4%.

BRASIL EMBALA AGCO 1
A Agco, produtora e distribuidora mundial de equipamentos agrícolas, teve lucro líquido de US$ 62,3 milhões no primeiro trimestre, 154% mais do que em igual período de 2007. As vendas líquidas somaram US$ 1,8 bilhão, 34% mais do que em 2007.

BRASIL EMBALA AGCO 2
A boa evolução das vendas no trimestre se deve ao crescimento da demanda mundial, principalmente na América do Sul, onde o Brasil foi preponderante. As vendas de tratores da Agco cresceram 40% no Brasil; as de colheitadeiras, 117%.

CRESCE PARTICIPAÇÃO
No primeiro trimestre deste ano, a América Latina -exceto México- foi responsável por 18% do desempenho mundial da empresa. Esse percentual supera os 16% de 2007 todo, que já superavam os 12% de 2006, segundo André Carioba, vice-presidente da Agco para a América do Sul.

PEQUENAS NUVENS
"O ambiente deste ano é positivo, principalmente devido aos preços das commodities, mas existem algumas nuvens no ar", diz Carioba. Primeiro, o real valorizado atrapalha as exportações -o parque produtivo da empresa na América do Sul está no Brasil. Segundo, há preocupação com a demora nas renegociações das dívidas dos produtores. Finalmente, a alta do aço onera as indústrias.

VOLTA A SUBIR
Embalado pelo mercado externo, o arroz voltou a subir no Sul. O agulhinha em casca atingiu R$ 33,50 ontem em Pelotas, mostra pesquisa da Folha. Na média, os preços foram negociados a R$ 32,70. Em 30 dias, o arroz acumula alta de 43,2%.

DE NOVO
O Brasil volta a ser notícia no mundo do trigo. Com o bloqueio de exportações da Argentina, o Brasil foi obrigado a buscar produto na América do Norte. Um dos principais assuntos do mercado, ontem, nos EUA era a compra de 118 mil toneladas por um moinho brasileiro.


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