A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o BC (Banco Central) anunciaram ontem a antecipação de setembro para amanhã da obrigatoriedade de que os ajustes diários dos títulos que fazem parte dos FIFs (Fundos de Investimentos Financeiros) sejam feitos pelo valor de mercado. A regra era fazer o ajuste pela fração diária da taxa de juros anual expressa no título.
Segundo o presidente da CVM, José Luiz Osorio, no momento da mudança pode haver alguma perda, avaliada pelos técnicos da instituição entre 1% e 1,5%, nas cotas dos FIFs, dependendo dos títulos que estejam nas carteiras desses fundos.
Osório explicou que o objetivo da mudança é dar maior transparência às aplicações nesses fundos. Como na hora do resgate o que conta é o valor de mercado, a contabilização pela taxa expressa no título podia dar ao aplicador uma idéia ilusória do valor de sua aplicação.
O objetivo da antecipação, segundo Osorio, é evitar disparidades artificiais entre os rendimentos dos fundos. Como muitos bancos já haviam ajustado seus FIFs de acordo com a norma, começaram a aparecer diferenças de rendimento entre os fundos já ajustados e os demais.
O presidente da CVM disse que para os "investidores qualificados", como fundos de pensão, que possuem fundos exclusivos, a nova obrigatoriedade não vale. (DA SUCURSAL DO RIO)

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