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REAJUSTE
Pulso e assinatura terão alta de 7,43%; operadoras queriam ao menos o IGP-DI acumulado em 12 meses (7,97%)
Tarifa de telefonia fixa sobe 6,89% na sexta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As tarifas de telefonia fixa aumentarão, em média, 6,89%. O
reajuste deve entrar em vigor a
partir da próxima sexta-feira, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O impacto esperado na inflação medida pelo IPCA (que baliza as metas
do governo) é de até 0,2 ponto
percentual.
Para assinatura e pulso, itens
que mais pesam para o consumidor, o reajuste será de 7,43%. As
empresas de telefonia esperavam
pelo menos a aplicação do IGP-DI
acumulado dos últimos 12 meses,
de 7,97%.
Para habilitação, valor que é pago uma única vez, houve queda
média de 20%. Neste ano, as concessionárias de telefonia fixa abriram mão de aplicar um aumento
até nove pontos percentuais
maior do que o IGP-DI em um
determinado item da cesta de tarifas (assinatura, pulso e habilitação). Por contrato, isso pode ser
feito, desde que haja compensação em outro item e o aumento
médio não ultrapasse o teto estabelecido.
O teto para o preço médio da
cesta é definido pelo IGP-DI acumulado dos últimos 12 meses,
menos um redutor de produtividade -que resultou no aumento
de 6,89% neste ano.
Normalmente, as empresas
aproveitavam essa possibilidade
contratual para aumentar mais a
assinatura, item que é pago pelos
consumidores mesmo que usem
menos o telefone. O presidente da
Anatel, Pedro Jaime Ziller, atribuiu o fato de as empresas terem
desistido do aumento adicional às
negociações feitas pela agência.
"A negociação foi bem-feita, e
essa possibilidade [de aumento
maior] não foi usada", disse Ziller. Ainda segundo ele, mais dois
fatores pesaram para que as operadoras aceitassem não aumentar
mais a assinatura: a capacidade de
pagamento de seus clientes e um
aumento da competição.
Longa distância
A agência reguladora divulgou
também o reajuste das tarifas de
longa distância, nacional e internacional. Para longa distância nacional, o aumento foi de 3,2%. Para longa distância internacional,
houve redução de 8,2%.
Esses percentuais, no entanto,
não são aplicados nas tarifas por
causa da competição. Ou seja, as
empresas não aumentam em
3,2% as tarifas de ligações de longa distância nacional por causa da
concorrência e, no caso das ligações internacionais, os valores já
estavam abaixo do que o definido
no último aumento.
Polêmica
Ziller fez questão de dizer que os
reajustes foram feitos de acordo
com os contratos de concessão.
No ano passado, a Anatel, com
base nos contratos de concessão,
autorizou o reajuste pelo IGP-DI,
mas a Justiça determinou, por
meio de liminar (decisão temporária), que deveria ser aplicado o
IPCA.
No ano passado, pelo IGP-DI, a
assinatura e o pulso foram reajustados em 25%. Pelo IPCA, esse aumento ficou em 14,34%. A Justiça
ainda não decidiu, de forma definitiva, o índice que deveria ter sido aplicado no ano passado.
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