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Anfavea já prevê melhor ano da história
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As medidas anunciadas pelo
governo ontem devem garantir
neste ano o crescimento de alguns dos setores mais prejudicados pela crise global.
Beneficiada por uma nova
prorrogação do IPI reduzido
sobre os veículos, a indústria
automotiva deve fechar o ano
com recorde de vendas, disse
ontem o presidente da Anfavea
(associação das montadoras),
Jackson Schneider.
"Se continuarmos nesse ritmo, devemos ter o melhor ano
da história", afirmou. Com o
corte no IPI, em dezembro passado, o mercado se recuperou
da queda sofrida nos últimos
meses de 2008. Na primeira
quinzena de junho, as vendas já
registravam alta de 8,54% ante
o mesmo período de 2008.
O setor de linha branca, que
engloba itens como geladeira,
fogões e lavadeiras, também
conseguiu se recuperar graças à
redução de impostos, em meados de abril, após seis meses seguidos de queda nas vendas.
Em maio, a alta já foi de 20%,
segundo a Eletros (Associação
Nacional de Fabricantes de
Produtos Eletroeletrônicos).
Agora, em vez de fechar o ano
com resultado negativo, o setor
já espera crescimento de 10% a
15% sobre 2008, afirma o presidente da Eletros, Lourival Kiçula. "Desde abril, as vendas
aumentaram e voltamos a contratar. Essas medidas fizeram a
roda girar de novo."
Para Kiçula, o governo deveria implementar uma política
permanente de redução do IPI.
"Linha branca tem itens essenciais, como geladeira e fogão,
que devem ser desonerados."
O setor de materiais de construção tem agora uma lista de
32 produtos beneficiados pelo
IPI menor, após a desoneração
dos vergalhões de cobre. A
ideia, porém, é convencer o governo a criar uma alíquota de
IPI que varie entre 0% e 5% para todos os produtos do setor.
"O governo tem um programa para a construção de 1 milhão de casas. Essa medida beneficiaria a todos", disse Cláudio Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos
Comerciantes de Material de
Construção). Neste ano, as vendas de materiais devem crescer
4,5%, segundo sua previsão.
(PAULO DE ARAUJO)
Colaborou a Folha Online
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