São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 2009

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Sem Petrobras em cálculo, dívida fica R$ 82 bi maior

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A exclusão da Petrobras do esforço fiscal do governo provocou alta de R$ 82,4 bilhões na dívida pública, já que a estatal deixou de ser contabilizada como um dos patrimônios do governo federal no cálculo desse endividamento. Isso significa que, sem a empresa, a relação entre dívida pública e PIB sobe de 39,6% para 42,5%, segundo dados de maio.
A retirada da Petrobras dessas contas havia sido anunciada em abril, mas só ontem o BC divulgou oficialmente os novos números. A decisão de retirar da empresa a obrigatoriedade de contribuir para o superávit primário dá a ela mais liberdade para implantar seu plano de investimentos sem ter que se preocupar com o equilíbrio fiscal do governo.
Só em 2008, por exemplo, o superávit primário acumulado pela Petrobras foi de R$ 11,6 bilhões, o que correspondeu a 83% de todo a economia feita pelas estatais mantidas pelo governo federal e a 10% do superávit alcançado pelo setor público. Em tese, esse dinheiro poderia ter sido destinado a investimentos caso não houvesse a necessidade de cumprimento de metas fiscais.


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