|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SERVIÇOS
Secretário diz que nenhum aumento supera 10%; reajuste dos planos, também em julho, ficará em torno de 6%
Seguro de saúde subirá em média 8,81%
ISABEL VERSIANI
da Sucursal de Brasília
A Susep (Superintendência de
Seguros Privados) autorizou um
reajuste médio de 8,81% para os
seguros de saúde a partir de amanhã. Os preços dos planos de saúde, ainda em análise pelo governo,
devem sofrer um aumento médio
de 5,8% também em julho.
O último reajuste de preços dos
seguros e planos de saúde havia sido autorizado em julho do ano
passado.
A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) informou
que, no último ano, os custos dos
insumos dos seguros de saúde tiveram um incremento médio de
4,77%. No mesmo período, os gastos das empresas com tributação
aumentaram 4,03% por causa dos
reajustes ocorridos nas alíquotas
de alguns tributos.
Em seus pedidos de reajuste
apresentados ao governo, as 12
empresas de seguros de saúde em
operação no país pleiteavam um
aumento médio de 12,92%. Como
justificativa, elas argumentavam
que os seus custos com insumos
teriam sofrido um aumento de
8,89%.
Os principais insumos dos seguros e dos planos são salários, medicamentos, materiais médicos e taxas hospitalares.
O secretário de Acompanhamento Econômico, Claudio Considera, afirmou que, nos cálculos, as
empresas tendiam a usar como base as variações de preços medidas
pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, da Fundação Getúlio Vargas, que tem forte peso
dos preços no atacado).
A Seae determinou que as avaliações passassem a ser feitas com base nos reajustes medidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), medido
em 11 regiões do país.
"O IPCA é mais adequado porque ele capta os descontos concedidos às empresas e por isso mede
a real variação de custos do setor",
disse o secretário.
Os reajustes dos seguros são diferenciados de empresa para empresa. De acordo com a Seae, nenhum
dos aumentos autorizados é superior a 10%.
Até julho do ano passado, o governo não controlava os preços
dos planos de saúde. Com a aprovação da lei nº 9.656, que regulamentou o setor, a responsabilidade de monitorar os planos passou a
ser da Susep.
A superintendência está estudando os pedidos de reajustes dos
planos. As empresas que já apresentaram suas planilhas reivindicam um aumento médio de 5,8%,
baseado em incrementos de custos
de 3,77% e variações de tributos de
2,03%.
Considera informou que, no final deste ano, a responsabilidade
de autorizar os reajustes nos preços dos planos de saúde passará a
ser do Ministério da Saúde, que
criará uma agência especialmente
para tratar do assunto. Atualmente
há cerca de 2.000 planos operando
no país.
A Susep, órgão do Ministério da
Fazenda, continuará sendo responsável pelos aumentos dos seguros.
Texto Anterior: Déficit fiscal pode comprometer inflação Próximo Texto: Governo aceita juros de 22% em leilão Índice
|