São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009 |
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Vaivém das commodities ALESSANDRA KIANEK - mauro.zafalon@grupofolha.com.br MOMENTO FRÁGIL O produtor de trigo está numa situação difícil. Com os estoques altos, tanto do governo como do setor privado, os agricultores são obrigados a comercializar o grão abaixo do preço mínimo, diz Lawrence Pih, do Moinho Pacífico. MAIS OFERTA DO PR Outro fator agravante para a situação do produtor é o início, já no mês que vem, da colheita da safra de trigo no Paraná, que irá se somar ao cerca de 1,5 milhão de toneladas em estoques no país. A produção brasileira para 2009/10 está estimada em 5,7 milhões de toneladas. SEM BOA PERSPECTIVA Para Lawrence Pih, não há perspectiva de aumento dos preços do trigo, "a não ser que o dólar volte a ser cotado acima de R$ 2 e que o produto passe a ter alta no mercado externo". Na Bolsa de Chicago, o trigo tem queda de 35% em um ano. BAIXO CONSUMO A cotação do frango não para de cair. Ontem, nas granjas paulistas, o quilo da ave viva foi comercializado a R$ 1,60 -o menor valor em mais de dois meses. Nos últimos 15 dias, a desvalorização é de 16%. A queda vinha ocorrendo devido ao baixo consumo, ocasionado pelas férias escolares. EFEITO GRIPE Com o adiamento da volta às aulas, para tentar reduzir a transmissão da gripe A (H1N1), não há perspectiva de alta do preço do frango no curto prazo. A expectativa das granjas era de recuperação das vendas com o fim das férias, já que o produto faz parte da merenda escolar. FIM DO ACORDO 1 A Acrimat (associação dos criadores de Mato Grosso) rescindiu acordo com o Indea (instituto de defesa agropecuária do Estado) para acelerar a auditoria do Sisbov (sistema de rastreabilidade) das quase 500 fazendas que aguardam na fila para receber autorização para exportar carne para a Europa. FIM DO ACORDO 2 O termo de cooperação técnica ampliava o número de auditores. "Infelizmente tivemos de rescindir o acordo, pois estávamos pagando os veterinários e eles ficaram parados durante 40 dias aguardando posicionamento do Ministério da Agricultura -que não fez a sua parte, que era custear as diárias e o deslocamento das equipes", disse o diretor financeiro da Acrimat, Maurício Campiolo. DEFLAÇÃO NO CAMPO Os preços recebidos pela agropecuária paulista caíram 3,34% na terceira quadrissemana deste mês -é a maior queda desde setembro do ano passado-, segundo o IEA. A laranja (-27%) e o tomate (-24%) tiveram as maiores quedas. Texto Anterior: Teles: Telefônica lucra 12% menos no 2º trimestre Próximo Texto: Obama vê início do fim da recessão americana Índice |
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