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Governo agiu de forma tardia contra movimento, diz Ermírio
ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local
O empresário Antonio Ermírio
de Moraes, vice-presidente do
grupo Votorantim, disse que o
governo, embora tardiamente,
acabou mostrando pulso firme ao
pôr fim, depois de quatro dias de
"bagunça no país", ao protesto
dos caminhoneiros.
"É um exemplo de que, se quiser, o governo, com pulso, mas
sem violência, consegue colocar
ordem no país, que, na verdade,
está precisando de ordem para
poder produzir mais, exportar
mais e criar mais empregos."
O protesto dos caminhoneiros
paralisou, ontem às 7h, a fábrica
de níquel e cobalto do grupo Votorantim, em São Miguel Paulista
(SP), que produz 18 mil toneladas
por ano.
As 12 unidades de processamento de carnes da Perdigão trabalharam ontem com cerca de
30% da capacidade por causa da
greve dos caminhoneiros.
Várias empresas do interior
paulista deram folga para os funcionários ontem por falta de matéria-prima para produção.
A Parmalat deu folga para cerca
de 300 dos mil funcionários da fábrica da Etti em Araçatuba (532
km a noroeste de São Paulo). Várias linhas da empresa foram paradas, por falta de matéria-prima
para produção de derivados de
tomate e doces.
Em São José do Rio Preto (451
km a noroeste de São Paulo, a fábrica de refrigerantes Arco-Íris
dispensou 20% dos funcionários
da área de produção.
A empresa deixou de produzir
150 mil litros de refrigerantes por
dia desde anteontem, por falta de
recebimento de açúcar que vem
de Pirassununga.
A empresa Frango Ricco dispensou 30% dos funcionários do
setor de abate, por causa da queda
de 50% na produção.
Colaborou Edmilson Zanetti, da Agência
Folha, em São José do Rio Preto
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