São Paulo, Sexta-feira, 30 de Julho de 1999
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Governo agiu de forma tardia contra movimento, diz Ermírio

ANTONIO CARLOS SEIDL
da Reportagem Local

O empresário Antonio Ermírio de Moraes, vice-presidente do grupo Votorantim, disse que o governo, embora tardiamente, acabou mostrando pulso firme ao pôr fim, depois de quatro dias de "bagunça no país", ao protesto dos caminhoneiros.
"É um exemplo de que, se quiser, o governo, com pulso, mas sem violência, consegue colocar ordem no país, que, na verdade, está precisando de ordem para poder produzir mais, exportar mais e criar mais empregos."
O protesto dos caminhoneiros paralisou, ontem às 7h, a fábrica de níquel e cobalto do grupo Votorantim, em São Miguel Paulista (SP), que produz 18 mil toneladas por ano.
As 12 unidades de processamento de carnes da Perdigão trabalharam ontem com cerca de 30% da capacidade por causa da greve dos caminhoneiros.
Várias empresas do interior paulista deram folga para os funcionários ontem por falta de matéria-prima para produção.
A Parmalat deu folga para cerca de 300 dos mil funcionários da fábrica da Etti em Araçatuba (532 km a noroeste de São Paulo). Várias linhas da empresa foram paradas, por falta de matéria-prima para produção de derivados de tomate e doces.
Em São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo, a fábrica de refrigerantes Arco-Íris dispensou 20% dos funcionários da área de produção.
A empresa deixou de produzir 150 mil litros de refrigerantes por dia desde anteontem, por falta de recebimento de açúcar que vem de Pirassununga.
A empresa Frango Ricco dispensou 30% dos funcionários do setor de abate, por causa da queda de 50% na produção.


Colaborou Edmilson Zanetti, da Agência Folha, em São José do Rio Preto

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