DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) decidiu ontem manter a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) em 9,75% ao ano, apesar das pressões do setor produtivo e do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa, para que a taxa fosse reduzida.
Segundo o diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy, a decisão foi tomada por conta da elevação na perspectiva de inflação para os próximos 12 meses. Seguindo projeções similares às do mercado financeiro, o conselho aposta em uma inflação de 5,25% para o período. A previsão anterior era de 5%.
A TJLP é calculada com base no comportamento da inflação e do risco-país (que é o prêmio pago pelos títulos brasileiros acima da taxa praticada pelo Tesouro norte-americano). O risco-país, diz o CMN, caiu de 4,75% para 4,5%.
Para o setor produtivo, a TJLP é importante pois remunera os financiamentos feitos por meio do BNDES. A taxa também corrige alguns financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal.
A última vez que houve redução da TJLP foi em março, quando a taxa caiu de 10% para 9,75%. Lessa defende uma queda para 8%.


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