São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2004

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BLOCO EM CRISE

Expansão de vizinho pode render fatia maior

Cota brasileira não sai por falta de acordo sobre mercado argentino

DE BUENOS AIRES

Negociadores argentinos e brasileiros estão tendo dificuldades para chegar a um acordo com relação ao tamanho do mercado argentino, uma informação básica sobre a qual representantes dos dois países vão definir o volume das exportações brasileiras de eletrodomésticos e calçados para a Argentina até o fim do ano.
Com a economia argentina em crescimento, os exportadores brasileiros querem rever os números sobre a demanda argentina para esses produtos. Por exemplo, a indústria argentina estima que o mercado tenha capacidade para adquirir cerca de 560 mil geladeiras em 2004 e quer oferecer uma cota de 260 mil para os fabricantes brasileiros.
Os produtores brasileiros, por sua vez, crêem que, com o crescimento de 6,5% da economia estimado para este ano, o mercado argentino de geladeiras em 2004 é capaz de consumir por volta de 700 mil unidades, e quer abastecer o vizinho com 310 mil unidades. Por causa de indefinições como essas, ainda não há acordo sobre como será administrado o comércio de eletrodomésticos entre os parceiros até o fim do ano.
Negociadores dos dois lados vão continuar se reunindo em outubro para tentar estabelecer novos critérios. Ontem, o secretário de Comércio Exterior do Brasil, Ivan Ramalho, reuniu-se com representantes das indústrias dos dois países e com o secretário de Indústria da Argentina, Alberto Dumont.
Reuniram-se os fabricantes de fogões, geladeiras, máquinas de lavar roupa e de calçados. Hoje será a vez dos produtores de televisores. (CLÁUDIA DIANNI)


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