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Dólar lidera as aplicações de setembro
Moeda americana terminou o mês passado com valorização de 1,21% diante do real; mas no ano tem queda de 6,62%
Renda fixa subiu, na média,
1,08% em setembro; já a
Bolsa de SP conseguiu uma
valorização mais tímida,
de apenas 0,60% no período
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar encerrou setembro à
frente de outras formas de aplicação. Apesar de ter perdido fôlego nos últimos dias, o dólar
registrou valorização de 1,21%
no mês.
As aplicações de renda fixa,
atreladas à oscilação dos juros,
deram rentabilidade próxima.
Os fundos de renda fixa e DI
renderam, na média, 1,08% e
1,04% no mês. O CDB (Certificado de Depósito Bancário)
chegou a pagar 1,06% para os
grandes investidores.
A Bolsa de Valores de São
Paulo encerrou o mês de setembro com uma valorização
modesta de 0,60%.
O dólar começou a subir embalado pelo aumento das inquietações dos investidores em
torno da cena político-eleitoral. Na sexta passada, a moeda
chegou aos R$ 2,21. Mas nos últimos dias houve um arrefecimento dessa tensão, o que permitiu que o real se recuperasse.
Ontem a moeda americana encerrou vendida a R$ 2,171.
"O cenário político mais tenso pressionou um pouco o dólar
neste mês", diz Mário Batisttel,
diretor de câmbio da corretora
Novação. Lembrando que o dólar caiu nos últimos dias, o analista diz que "é difícil afirmar se
a moeda vai voltar a registrar
alta no próximo mês". "Dependendo do resultado da eleição,
os bancos podem voltar a comprar moeda estrangeira com
mais força, o que pressionaria a
cotação do dólar", diz.
Segundo o Relatório de Mercado do Banco Central, elaborado e divulgado semanalmente a partir de pesquisa com cem
instituições financeiras, o dólar
encerrará 2006 a R$ 2,18. Ou
seja, pela média das opiniões do
mercado, o câmbio não deve
variar muito nos próximos meses.
Quem comprou dólares no
fim do ano passado amarga importante baixa no acumulado
deste ano. Em 2006, a moeda
norte-americana ainda registra
queda expressiva diante do
real, de 6,62%.
Juros
No ano, os investimentos que
acompanham o sobe-e-desce
das taxas de juros se mostram
as melhores opções. Os fundos
de renda fixa -que carregam
principalmente papéis públicos atrelados a taxas prefixadas- deram até o momento retorno anual médio de 11,59%.
Os fundos DI subiram cerca de
11,50% no ano.
Mas é bom lembrar que a taxa básica de juros, a Selic, que
serve de parâmetro para as outras taxas praticadas no mercado, está em processo de redução. Assim, aplicações como a
renda fixa e o DI tendem a pagar um pouco menos nos próximos meses.
Ações
Desde maio, a Bovespa tem
encontrado maiores dificuldades para retomar a trajetória de
alta. Naquele mês, os investidores passaram a ficar mais cautelosos, se desfazendo de ativos
de emergentes, devido ao temor de que os juros passassem
a subir de forma mais persistente nos Estados Unidos.
Mas, apesar de o Fed (o banco central do EUA) já ter parado de elevar os juros no país, a
Bolsa paulista tem encontrado
dificuldades para subir. No ano,
o Ibovespa (principal índice da
Bolsa) registra ganhos acumulados de 8,95%.
Terminado o processo eleitoral, espera-se que os estrangeiros retomem suas compras de
ações de companhias brasileiras com maior intensidade. Em
setembro, até o dia 26, as operações feitas pelos estrangeiros
na Bovespa estavam negativas
em R$ 33,92 milhões.
No pregão de ontem, o Ibovespa registrou pequena baixa
de 0,10%. Na semana, o índice
teve elevação de 4,74%.
De um total de 56 ações que
formam o Ibovespa, 44 terminaram a semana com alta.
Os papéis Brasil Telecom
Participações ON e Eletrobrás
PNB foram os principais destaques da semana, com valorizações de 12,94% e 12,83%, respectivamente.
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