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São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2003

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Furlan diz duvidar de acordo até 2004

DE NOVA YORK

Às vésperas do 8º encontro ministerial da Alca (Área de Livre Comércio das Américas), que acontece em meados de novembro em Miami, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou que é pouco provável que os 34 países do continente consigam chegar a um acordo até o final de 2004. Pelo cronograma original, essa seria a data-limite para a finalização das negociações para o bloco.
"Esse é uma tema sensível para os Estados Unidos. Duvido muito que conseguiremos chegar a um acordo dentro desse período porque [2004] é um ano eleitoral nos EUA", declarou Furlan durante palestra realizada ontem no Council of Americas, em Nova York. A instituição promove debates com representantes governamentais e o setor empresarial do continente americano.
As críticas sobre uma certa lentidão no andamento da Alca também recaíram sobre o Brasil.
Na avaliação do ministro, tanto o Brasil quanto os EUA têm agido motivados por interesses próprios em detrimento dos demais países do bloco. Mas ele fez uma ressalva: "O nó das negociações está mais para o lado norte do que para o lado sul".
Com relação ao mercado interno, entretanto, Furlan apresentou uma visão mais otimista. O ministro anunciou que, neste ano, as exportações devem superar US$ 60 bilhões. Em 2004, a previsão é a de que sejam alcançados US$ 70 bilhões. Esse, para o ministro, deve ser o principal combustível para o crescimento do Brasil no próximo ano. Segundo ele, a alta do PIB deve chegar a 4%.
Após a palestra, Furlan se encontrou com representantes das agências de risco Moody's e Standard & Poor's em Nova York. "Não sou responsável pela gestão de risco do Brasil, mas sei que a relação entre comércio externo e PIB [Produto Interno Bruto] é um fator de peso para medir o risco. É importante ir às agências mostrar o bom trabalho que tem sido feito no Brasil", disse.


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