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Furlan diz duvidar de acordo até 2004
DE NOVA YORK
Às vésperas do 8º encontro ministerial da Alca (Área de Livre
Comércio das Américas), que
acontece em meados de novembro em Miami, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando
Furlan, afirmou que é pouco provável que os 34 países do continente consigam chegar a um
acordo até o final de 2004. Pelo
cronograma original, essa seria a
data-limite para a finalização das
negociações para o bloco.
"Esse é uma tema sensível para
os Estados Unidos. Duvido muito
que conseguiremos chegar a um
acordo dentro desse período porque [2004] é um ano eleitoral nos
EUA", declarou Furlan durante
palestra realizada ontem no
Council of Americas, em Nova
York. A instituição promove debates com representantes governamentais e o setor empresarial
do continente americano.
As críticas sobre uma certa lentidão no andamento da Alca também recaíram sobre o Brasil.
Na avaliação do ministro, tanto
o Brasil quanto os EUA têm agido
motivados por interesses próprios em detrimento dos demais
países do bloco. Mas ele fez uma
ressalva: "O nó das negociações
está mais para o lado norte do que
para o lado sul".
Com relação ao mercado interno, entretanto, Furlan apresentou
uma visão mais otimista. O ministro anunciou que, neste ano, as
exportações devem superar US$
60 bilhões. Em 2004, a previsão é a
de que sejam alcançados US$ 70
bilhões. Esse, para o ministro, deve ser o principal combustível para o crescimento do Brasil no próximo ano. Segundo ele, a alta do
PIB deve chegar a 4%.
Após a palestra, Furlan se encontrou com representantes das
agências de risco Moody's e Standard & Poor's em Nova York.
"Não sou responsável pela gestão
de risco do Brasil, mas sei que a
relação entre comércio externo e
PIB [Produto Interno Bruto] é um
fator de peso para medir o risco. É
importante ir às agências mostrar
o bom trabalho que tem sido feito
no Brasil", disse.
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