São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2004

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APLICAÇÕES

Investimentos mais tradicionais, que acompanham os juros, deram retorno médio de 1,21% no mês; poupança ficou em 0,61%

Fundos DI e de renda fixa lideram em outubro

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Não arriscar muito foi a melhor pedida de outubro no mercado financeiro. Ganhou mais no mês quem apostou em aplicações mais tradicionais, ligadas à oscilação das taxas dos juros.
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) deram retorno médio de 1,17% no mês. Os fundos DI e de renda fixa -que carregam em suas carteiras principalmente títulos públicos e privados que acompanham os juros- renderam na média 1,21%.
Em outubro, até a poupança bateu a inflação. O IGP-M registrou alta de 0,39% no mês. A poupança rendeu 0,61%.
O dólar até deu sinais de que poderia subir em outubro, mas acabou encerrando o mês praticamente estável, vendido a R$ 2,859.
No mês de estréia da conta-investimento, os investidores mantiveram o ritmo de setembro e colocaram dinheiro nos fundos. No dia 26, último dado disponibilizado pela Anbid (associação dos bancos de investimentos), a captação líquida mensal da indústria estava positiva em R$ 1,25 bilhão.
Com a conta-investimento, os investidores passaram a ter o benefício de trocar de aplicação sem o ônus da CPMF.
O cenário de alta dos juros deve beneficiar aplicações como os fundos de renda fixa e DI.
"Para o mercado acionário, juro elevado nunca é bom. Mas não creio que vá haver uma migração expressiva de investidores da Bolsa para a renda fixa", afirma Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora Sênior.
O Ibovespa -principal índice e referência da Bolsa paulista- fechou o mês com baixa de 0,83%, após quatro meses contabilizando alta. No ano, o retorno ainda é tímido: alta de 3,67%.
Na opinião de Bandeira, o mercado acionário "é uma boa opção" neste fim de ano. "Na média, as projeções são que as empresas vão apresentar bons resultados nesses últimos balanços", diz.

Petróleo
Uma das grandes preocupações do mercado e do Banco Central é a oscilação do petróleo. Apesar de haver perdido um pouco de força nesta semana, a alta do produto preocupa.
Quem investiu parte de seu FGTS em ações da Petrobras está tendo um resultado bem satisfatório no ano. Os fundos FGTS/Petrobras chegaram ao fim de outubro com valorização anual de 26,34%. Isso mesmo em um mês de ganhos mais tímidos -em outubro, até o dia 26, esses fundos tinham alta de 1,02%.
Se houver, como é esperado, novos ajustes nos preços dos combustíveis, a tendência é a de as ações da empresa subirem.


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