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APLICAÇÕES
Investimentos mais tradicionais, que acompanham os juros, deram retorno médio de 1,21% no mês; poupança ficou em 0,61%
Fundos DI e de renda fixa lideram em outubro
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Não arriscar muito foi a melhor
pedida de outubro no mercado financeiro. Ganhou mais no mês
quem apostou em aplicações
mais tradicionais, ligadas à oscilação das taxas dos juros.
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) deram retorno médio de 1,17% no mês. Os fundos
DI e de renda fixa -que carregam em suas carteiras principalmente títulos públicos e privados
que acompanham os juros- renderam na média 1,21%.
Em outubro, até a poupança bateu a inflação. O IGP-M registrou
alta de 0,39% no mês. A poupança
rendeu 0,61%.
O dólar até deu sinais de que poderia subir em outubro, mas acabou encerrando o mês praticamente estável, vendido a R$ 2,859.
No mês de estréia da conta-investimento, os investidores mantiveram o ritmo de setembro e colocaram dinheiro nos fundos. No
dia 26, último dado disponibilizado pela Anbid (associação dos
bancos de investimentos), a captação líquida mensal da indústria
estava positiva em R$ 1,25 bilhão.
Com a conta-investimento, os
investidores passaram a ter o benefício de trocar de aplicação sem
o ônus da CPMF.
O cenário de alta dos juros deve
beneficiar aplicações como os
fundos de renda fixa e DI.
"Para o mercado acionário, juro
elevado nunca é bom. Mas não
creio que vá haver uma migração
expressiva de investidores da Bolsa para a renda fixa", afirma Álvaro Bandeira, diretor da corretora
Ágora Sênior.
O Ibovespa -principal índice e
referência da Bolsa paulista- fechou o mês com baixa de 0,83%,
após quatro meses contabilizando alta. No ano, o retorno ainda é
tímido: alta de 3,67%.
Na opinião de Bandeira, o mercado acionário "é uma boa opção" neste fim de ano. "Na média,
as projeções são que as empresas
vão apresentar bons resultados
nesses últimos balanços", diz.
Petróleo
Uma das grandes preocupações
do mercado e do Banco Central é
a oscilação do petróleo. Apesar de
haver perdido um pouco de força
nesta semana, a alta do produto
preocupa.
Quem investiu parte de seu
FGTS em ações da Petrobras está
tendo um resultado bem satisfatório no ano. Os fundos FGTS/Petrobras chegaram ao fim de outubro com valorização anual de
26,34%. Isso mesmo em um mês
de ganhos mais tímidos -em outubro, até o dia 26, esses fundos tinham alta de 1,02%.
Se houver, como é esperado,
novos ajustes nos preços dos
combustíveis, a tendência é a de
as ações da empresa subirem.
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