São Paulo, sexta-feira, 30 de novembro de 2007

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Wal-Mart investe R$ 1,2 bi e deve fazer e-commerce

Rede abrirá 36 lojas em 2008 e focará em atacado

VERIDIANA SEDEH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para expandir a rede no Brasil, a varejista americana Wal-Mart planeja investir R$1,2 bilhão em 2008. No plano de crescimento, há a entrada no e-commerce no segundo semestre, a abertura de 36 lojas, a geração de 7.100 empregos diretos e a construção de um centro de distribuição. Será o ano de mais inaugurações no país em 12 anos de atuação da empresa.
No ano que vem, a prioridade da rede -que faturou R$ 12,9 bilhões em 2006- será crescer no mercado de baixa renda e no atacado, com as lojas Todo Dia e Maxxi, respectivamente. Crescer no mercado de atacado tem sido foco das redes concorrentes. Neste ano, o Carrefour adquiriu o Atacadão e assumiu a liderança no ranking do setor em faturamento, e o grupo Pão de Açúcar, segundo colocado, comprou o Assai, que atua no "atacarejo", com foco em pequenos comerciantes e consumidores de baixa renda.
Por questões de mercado, Trius não detalhou, em almoço com a imprensa no escritório central da empresa, onde serão as novas unidades nem a quantidade de inaugurações de cada bandeira. Limitou-se a dizer que abrirão lojas de todos os formatos e que os investimentos serão bem distribuídos por todo o país onde já atuam. "Não teremos novas praças", afirmou. O Wal-Mart está presente em 17 Estados.
O executivo disse que todas as novas lojas, com exceção do formato Sam's Club, terão farmácias e adiantou que oferecerão novos serviços, sem especificá-los, no entanto. O presidente da varejista não descarta a possibilidade de aquisições: "Estamos sempre abertos a aquisições." Porém disse que passar os concorrentes não é um objetivo perseguido pela empresa. "Nossa preocupação não é ser o líder."
Trius disse que as vendas pela internet devem ser terceirizadas e que a rede manterá a mesma política de baixo preço.
De acordo com ele, a empresa diariamente monitora preços de mais de 3.000 itens -o equivalente a cerca de 70% das vendas- e não encontra "diferencial menor do que 7% no preço", ou seja, preços, no mínimo, 7% inferiores do que os concorrentes.
"Vamos acelerar investimentos porque vemos perspectivas fantásticas de crescimento [do PIB do Brasil]", disse. A rede trabalha com a perspectiva de que a economia brasileira crescerá nos próximos 15 anos acima da média global. Ontem, a rede inaugurou três lojas -uma no Sul e duas no Nordeste- e pretende abrir mais sete nas próximas duas semanas. O Wal-Mart fechará 2007 com 20 novas lojas, num total de 319.
Trius disse que ficou desapontado, pois gostaria de ter aberto 28, o que não foi possível por problemas que chamou de "processo" (construção e equipe insuficientes), não "por falta de vontade ou capital".
Ele destacou que os clientes estão cada vez mais conscientes. Pensando nisso, a empresa preparou um plano de cinco anos de práticas sustentáveis -que inclui, por exemplo, reciclagem de lixo em todas as unidades, armazenamento de água da chuva e redução do uso de plásticos nas embalagens da marca própria, e incentivo aos clientes à substituição das sacolas plásticas, com a comercialização nas lojas de sacolas de lona, algodão e papel reciclado, caixas plástica e de papelão.


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