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Wal-Mart investe R$ 1,2 bi e deve fazer e-commerce
Rede abrirá 36 lojas em 2008 e focará em atacado
VERIDIANA SEDEH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para expandir a rede no Brasil, a varejista americana Wal-Mart planeja investir R$1,2 bilhão em 2008. No plano de
crescimento, há a entrada no e-commerce no segundo semestre, a abertura de 36 lojas, a geração de 7.100 empregos diretos e a construção de um centro
de distribuição. Será o ano de
mais inaugurações no país em
12 anos de atuação da empresa.
No ano que vem, a prioridade
da rede -que faturou R$ 12,9
bilhões em 2006- será crescer
no mercado de baixa renda e no
atacado, com as lojas Todo Dia
e Maxxi, respectivamente.
Crescer no mercado de atacado
tem sido foco das redes concorrentes. Neste ano, o Carrefour
adquiriu o Atacadão e assumiu
a liderança no ranking do setor
em faturamento, e o grupo Pão
de Açúcar, segundo colocado,
comprou o Assai, que atua no
"atacarejo", com foco em pequenos comerciantes e consumidores de baixa renda.
Por questões de mercado,
Trius não detalhou, em almoço
com a imprensa no escritório
central da empresa, onde serão
as novas unidades nem a quantidade de inaugurações de cada
bandeira. Limitou-se a dizer
que abrirão lojas de todos os
formatos e que os investimentos serão bem distribuídos por
todo o país onde já atuam. "Não
teremos novas praças", afirmou. O Wal-Mart está presente
em 17 Estados.
O executivo disse que todas
as novas lojas, com exceção do
formato Sam's Club, terão farmácias e adiantou que oferecerão novos serviços, sem especificá-los, no entanto. O presidente da varejista não descarta
a possibilidade de aquisições:
"Estamos sempre abertos a
aquisições." Porém disse que
passar os concorrentes não é
um objetivo perseguido pela
empresa. "Nossa preocupação
não é ser o líder."
Trius disse que as vendas pela internet devem ser terceirizadas e que a rede manterá a
mesma política de baixo preço.
De acordo com ele, a empresa
diariamente monitora preços
de mais de 3.000 itens -o equivalente a cerca de 70% das vendas- e não encontra "diferencial menor do que 7% no preço", ou seja, preços, no mínimo,
7% inferiores do que os concorrentes.
"Vamos acelerar investimentos porque vemos perspectivas
fantásticas de crescimento [do
PIB do Brasil]", disse. A rede
trabalha com a perspectiva de
que a economia brasileira crescerá nos próximos 15 anos acima da média global. Ontem, a
rede inaugurou três lojas
-uma no Sul e duas no Nordeste- e pretende abrir mais sete
nas próximas duas semanas. O
Wal-Mart fechará 2007 com 20
novas lojas, num total de 319.
Trius disse que ficou desapontado, pois gostaria de ter
aberto 28, o que não foi possível
por problemas que chamou de
"processo" (construção e equipe insuficientes), não "por falta
de vontade ou capital".
Ele destacou que os clientes
estão cada vez mais conscientes. Pensando nisso, a empresa
preparou um plano de cinco
anos de práticas sustentáveis
-que inclui, por exemplo, reciclagem de lixo em todas as unidades, armazenamento de água
da chuva e redução do uso de
plásticos nas embalagens da
marca própria, e incentivo aos
clientes à substituição das sacolas plásticas, com a comercialização nas lojas de sacolas
de lona, algodão e papel reciclado, caixas plástica e de papelão.
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