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Com baixa competição, juros do cartão de crédito seguem em alta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Outra modalidade emergencial de crédito que cresceu durante a crise foi o cartão de crédito. Segundo dados do Banco
Central, o total emprestado alcançou R$ 25,6 bilhões em outubro deste ano, o que representa quase um quarto do crédito para pessoa física com recursos livres.
Entram nessa conta a parcela
das faturas que não é paga na
data de vencimento, os parcelamentos no cartão e os saques
em caixa eletrônico.
Apesar do crescimento de
17% registrado em um ano,
atrás apenas do crédito pessoal,
esse volume de recursos também mostra estabilidade nos
últimos meses, embora ainda
não tenha apresentado uma
tendência de desaceleração.
O levantamento do BC também mostra que o prazo médio
desses empréstimos, que é de
cerca de 30 dias, praticamente
dobrou entre os meses de março e abril deste ano, mas já voltou ao patamar registrado há
cerca de um ano.
Essa modalidade é também
aquela na qual os juros apresentam uma maior resistência
para recuar.
De acordo com levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), as taxas já se encontram abaixo do registrado no final de 2008 em todas as principais modalidades de crédito,
exceto no cartão. O juro do cartão de crédito está hoje em
238% ao ano (10,7% ao mês),
cinco pontos percentuais acima do patamar de dezembro.
Para o vice-presidente da
Anefac, Miguel José de Oliveira, uma queda maior nessa taxa
depende ainda do aumento na
competição nesse setor. Essa é
uma questão que está em discussão dentro do governo e que
inclui a separação entre os diversos serviços prestados pelas
empresas dessa área.
"Por isso o governo está mexendo nas regras da indústria
de cartão. Mas a tendência é
que isso mude e essas taxas
também caiam", diz ele.
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