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Setor eletrônico tem o 3º pior ano desde 1994
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos segmentos que se despede de 2003 sem boas lembranças é o eletroeletrônico. Altamente dependente de crédito e renda,
o segmento fecha o ano com pouco mais de 10 milhões de unidades
(da linha de imagem e som) vendidos no país.
O número é o terceiro pior do
setor desde o início do Plano Real
-perde para 2000 e 2001, quando
as vendas foram de 9,9 milhões
em cada ano.
Incluindo o desempenho de
produtos de linha branca (geladeiras e freezers) e portáteis (ferro
de passar, batedeiras), os resultados de vendas em 2002 são somente 0,78% superiores aos do
ano passado, segundo balanço
preliminar da Eletros (Associação
Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).
Para sobreviver num mercado
como esse, o jeito foi diversificar.
Empresas como a Gradiente investiram na venda de aparelhos
para segurança residencial (alarmes etc). No varejo, a Casas Bahia
abriu lojas com 70% do espaço
dedicado a móveis. Eletroeletrônicos ficam em espaço menor.
O setor amarga crescimento pífio quando os indicadores sociais
declinam. Neste ano, o rendimento médio real dos trabalhadores
no Brasil (entre aqueles que têm
algum tipo de ocupação) caiu em
setembro. Isso ocorreu pelo 21º
mês consecutivo. No ano, o brasileiro perdeu 3,8% de sua renda,
até setembro -mês com o dado
mais recente.
Para 2003, a Eletros sequer faz
previsões de desempenho. Em
2002, a entidade começou falando
em expansão de 6% a 8%, reduziu
para 3% a 3,5% em meados do
ano e depois estimou 1%. "Ainda
não temos previsões. Vamos sentar e tentar chegar num número",
disse Paulo Saab, presidente da
Eletros, na última semana.
A venda de aparelhos de DVD
foi uma das poucas que se salvaram em 2002. Segundo dados levantados pela Eletros, até o final
deste ano o número de aparelhos
vendidos deve ter chegado à casa
dos 2 milhões.
Em junho, a venda de aparelhos
de DVD teve uma alta de 10,7%
em relação ao mês anterior. As cifras saltam para 145,5% se comparadas ao mesmo período do
ano passado.
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