DA REDAÇÃO

O presidente argentino, Eduardo Duhalde, disse que até maio o governo terá resolvido o problema do "corralón" -medida que há quase um ano congelou o dinheiro depositado em fundos de investimentos e outras aplicações de prazo fixo. Segundo ele, que deixa o cargo em maio, é importante que esse problema já esteja superado à época da posse do próximo presidente.
"Já não existem tantos problemas para serem resolvidos quanto há sete meses, quando uma medida que obrigasse os bancos a devolver o dinheiro, mesmo em longo prazo, teria levado muitos bancos à falência", disse ele em entrevista ao jornal argentino "La Nacion".
Segundo Duhalde, a situação já está se regularizando no país e, em breve, o governo deverá chegar a uma solução para o "corralón". Ele afirmou que a saída vai garantir a restituição do poder aquisitivo dos recursos bloqueados aos investidores. Ele disse, porém, que é preciso realizar as mudanças no tempo correto.
Duhalde não quis comentar a possibilidade de uma nova emissão de bônus. "Não quero entrar em detalhes das diversas soluções que temos em mãos", afirmou.
O presidente também defendeu a pesificação (deixando o câmbio livre) no país, afirmando que, se não fosse por ela, a Argentina estaria enfrentando uma situação de hiperinflação.
"A pesificação evitou a hiperinflação. Se não tivéssemos pesificado, a depreciação da moeda teria sido seguida pela inflação."


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