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Ambientalistas afirmam que uso desgasta o solo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BROTAS
Ambientalistas dizem
que a expansão dos canaviais pela Chapada Guarani resulta em desequilíbrio da fauna e flora, no
desgaste do solo e em perigo de contaminação de
matas e mananciais.
"Estamos em área de recarga de mananciais do
aqüífero Guarani, onde rochas porosas de arenito
absorvem água. Parte da
cana está em área de encosta, de preservação permanente. É uma região
frágil para contaminação",
diz Fábio Lenci, da ONG
Rio Vivo, de Brotas.
Ele afirma que a entidade pretende mapear, com
imagens de satélite disponibilizadas na internet, as
áreas com possíveis irregularidades na região.
Segundo moradores, os
canaviais estão expulsando animais de cerrado, como lobo-guará e veados,
entre outros.
Nos córregos, os peixes
estão desaparecendo, diz o
pedreiro Luis Carlos Ometo, 62, de Analândia. "Na
beira das nascentes não
tem mais peixes, acho que
de tanto veneno."
As queimadas também
são problema. O Ministério Público Federal conseguiu neste ano uma liminar na Justiça que determinou a paralisação das
queimadas controladas de
cana na região de Jaú, que
engloba dois municípios
da chapada, Brotas e Torrinha. Pela decisão, a expedição de licenças ambientais para queimadas ficam
apenas sob responsabilidade do Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
(MATHEUS PICHONELLI)
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