São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007

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Ambientalistas afirmam que uso desgasta o solo

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BROTAS

Ambientalistas dizem que a expansão dos canaviais pela Chapada Guarani resulta em desequilíbrio da fauna e flora, no desgaste do solo e em perigo de contaminação de matas e mananciais.
"Estamos em área de recarga de mananciais do aqüífero Guarani, onde rochas porosas de arenito absorvem água. Parte da cana está em área de encosta, de preservação permanente. É uma região frágil para contaminação", diz Fábio Lenci, da ONG Rio Vivo, de Brotas.
Ele afirma que a entidade pretende mapear, com imagens de satélite disponibilizadas na internet, as áreas com possíveis irregularidades na região.
Segundo moradores, os canaviais estão expulsando animais de cerrado, como lobo-guará e veados, entre outros.
Nos córregos, os peixes estão desaparecendo, diz o pedreiro Luis Carlos Ometo, 62, de Analândia. "Na beira das nascentes não tem mais peixes, acho que de tanto veneno."
As queimadas também são problema. O Ministério Público Federal conseguiu neste ano uma liminar na Justiça que determinou a paralisação das queimadas controladas de cana na região de Jaú, que engloba dois municípios da chapada, Brotas e Torrinha. Pela decisão, a expedição de licenças ambientais para queimadas ficam apenas sob responsabilidade do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
(MATHEUS PICHONELLI)


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