São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 2008

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Lula diz que vai anunciar mais medidas até o dia 20

Meta é fazer com que o crescimento seja mantido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal irá anunciar, até o dia 20 de janeiro, novas medidas para incentivar o crescimento econômico, disse ontem o presidente Lula em seu programa de rádio semanal, o "Café com o Presidente".
Lula não especificou quais serão as propostas. Em entrevista no último dia 20, ele havia dito que os setores prioritários são a construção civil, as pequenas empresas, a agricultura e a indústria automotiva.
Lula demonstrou otimismo em relação às perspectivas da economia e chegou a dizer que o Brasil é o país mais preparado para enfrentar a crise mundial.
"Penso que foi um ano bom, que me permite dizer ao povo brasileiro que, embora tenha uma crise internacional que é a mais forte de toda a história depois da industrialização, o fato concreto é que o Brasil é o país que está mais preparado. Nós temos reservas, nós temos um mercado interno forte."
Lula voltou a dizer que acredita que o país continuará crescendo, embora deva sofrer uma desaceleração. "Estou convencido de que o Brasil deve olhar a crise como uma oportunidade para a gente fazer as coisas que ainda não fizemos, para que a gente possa mostrar que o dinamismo do mercado interno brasileiro é que vai permitir que a nossa economia continue crescendo."

Mais 4% só em 2011
Embora o governo tenha como meta fazer com que a economia cresça 4% em 2009, a avaliação do mercado financeiro é que esse objetivo só será alcançado em 2011. Segundo pesquisa feita pelo Banco Central com cerca de 80 analistas de bancos e empresas de consultoria, o PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer 2,44% no ano que vem e 3,85% em 2010.
A consulta é feita pelo BC a cada sexta-feira. No último levantamento, se observou uma pequena melhora na projeção de crescimento para 2009, que passou de 2,40% para 2,44%.
Ainda assim, se confirmada essa estimativa, o país crescerá em 2009 menos da metade dos 5,60% esperados para 2008.
As projeções são mais pessimistas do que as do governo. Segundo Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a economia deve crescer 4% em 2009. O BC é menos otimista e diz esperar expansão de 3,2%


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