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COMÉRCIO
Europeu defendeu subsídio
Brasil também impõe barreiras, afirma Lamy
BONANÇA MOUTEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
O Brasil recebeu duras críticas
do comissário de Comércio Exterior da União Européia, Pascal
Lamy, que apontou "zonas cinzentas" na política de comércio
exterior brasileira. Segundo
Lamy, 90% das importações brasileiras de alimentos europeus estão sujeitas a barreiras não-tarifárias. As declarações, feitas durante conferência realizada ontem no
Rio, foram rebatidas pelo ex-ministro Sergio Amaral (Desenvolvimento).
Amaral disse que o país não impõe cotas nem outros tipos de
barreira além da tarifa de importação e que, nos últimos anos, a
tarifa de importação média recuou de 30% para 12%. Hoje, a
maior tarifa é de 35%.
Ao que Lamy respondeu: "Se
perguntar a qualquer exportador
europeu se há barreiras não-tarifárias, ele dirá que sim, há muitas". Segundo ele, essas barreiras
não são óbvias. Como exemplo,
citou testes de resíduos de pesticidas nos alimentos importados da
Europa feitos no desembarque no
Brasil. Disse que, se houver problema, o exportador não saberá
como proceder. "[Os testes" não
têm prazo nem transparência."
Lamy defendeu subsídios agrícolas aos produtores europeus.
Mas disse que é preciso encontrar
um mecanismo que evite distorções no comércio internacional.
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