São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Cuidados redobrados Os produtores de soja de Mato Grosso perderam até três sacas por hectare com a ferrugem em 2003. Neste ano, a atenção foi redobrada para evitar novas perdas. O combate à ferrugem começou cedo e foi constante. Afinal, os preços de R$ 35 por saca de soja compensavam os custos maiores. Dois coelhos Os cuidados foram tantos que os produtores estão com produção recorde. O fungicida utilizado para o combate à ferrugem eliminou também doenças de final de ciclo, que provocavam perdas de duas a três sacas por hectare. Resultado final: no médio norte de Mato Grosso, a produtividade atinge de 55 a 60 sacas por hectare, diz Fernando Muraro, da AgRural. Passou a fronteira As lavouras de soja de Misiones, na Argentina, começam a apresentar os primeiros sinais da ferrugem. No Brasil, os efeitos da ferrugem começaram a ser combatidos logo cedo neste ano, o que está evitando prejuízos. Saída para o Pacífico O diretor-geral da China Base Jiake Import & Export Corporation discutiu ontem, na BM&F, a possibilidade de cooperação em projetos de infra-estrutura que contribuam para aumentar o comércio exterior com a China, incluindo uma saída para o Pacífico. A empresa tem participação em grandes projetos na China. Global no agronegócio A Global Invest começa a operar uma divisão de commodities. O primeiro produto a ser desenvolvido no setor agrícola é o de soja e derivados, segundo Paulo Rossetti, economista responsável por essa nova unidade. Na próxima semana, deve sair o primeiro relatório de safra. Mais um recorde A safra nacional de grãos deverá atingir 132,2 milhões de toneladas neste ano, 7,3% mais do que a anterior, segundo o terceiro levantamento do IBGE. No segundo, a previsão era de 131 milhões de toneladas. A área plantada neste ano cresce 7%, subindo para 46 milhões de hectares. Soja é o destaque Para o IBGE, a safra de soja bate nos 59 milhões de toneladas e cresce 14% sobre a anterior. A de milho recua 3% neste verão, mas a de arroz sobe 18% e a de algodão, 32%. A previsão é de uma alta de 13% na safra de feijão, mas a situação climática se complicou depois da realização da pesquisa. À espera da safra A comercialização do arroz teve recuo de 3% nesta quinzena, em relação à anterior. Segundo o analista Romeu Fiod, as empresas estão eliminado os estoques que têm à espera do produto da nova safra. O mercado está sendo abastecido com arroz importado da Ásia, mas já começa a chegar, também, produto de Mato Grosso. Efeito Cofins O setor de agronegócio perderá R$ 1,7 bilhão com a nova taxa de 7,6% da Cofins, conforme documento entregue ontem para José Amauri Dimarzio. Nelson Chachamovitz, do Sindirações, diz que o consumidor sentirá no bolso esses efeitos, já que poderá haver impacto em produtos da cesta básica como carnes, leite e ovos. Forte queda O quilo de frango vivo recuou 14% nos últimos sete dias em São Paulo. As vendas fracas derrubaram os preços, ontem, para R$ 1,25 o quilo de animal vivo nas granjas paulistas. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa encerra janeiro em queda de 1,73% Índice |
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