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EUA lançam "força-tarefa" para tentar fortalecer a classe média
DE NOVA YORK
Em cerimônia na Casa Branca com representantes de entidades sindicais especialmente
convidados, o presidente Barack Obama lançou uma "força-tarefa" para buscar medidas
com o objetivo de fortalecer a
classe média norte-americana.
A coordenação do grupo ficará a cargo do vice-presidente
dos EUA, Joe Biden, que convidou representantes de sindicatos, economistas e outros "notáveis" para ajudá-lo.
O anúncio foi feito no dia da
divulgação de que o PIB norte-americano recuou 3,8% no últimos trimestre de 2008.
"Bem-vindos de volta à Casa
Branca", disse Biden em discurso na cerimônia, procurando assim marcar as diferenças
entre o atual governo e o de
George W. Bush na relação com
os meios sindicais.
Os sindicatos foram uma das
grandes forças propulsoras e
capilares da campanha vitoriosa da chapa Obama-Biden. As
estruturas de centenas de sindicatos foram usadas não só em
serviços de telemarketing pedindo apoio aos então dois candidatos como houve um grande
esforço de convencimento pessoal de eleitores, com visita a
milhares de casas no país, feitas
por sindicalistas.
O presidente e seu vice quiseram deixar claro que os sindicatos terão influência e espaço
nas discussões econômicas daqui em diante. "Não vejo os movimentos sindicais como um
problema, mas como parte da
solução para muitos problemas", disse Obama.
Na mesma cerimônia, Obama assinou três decretos concedendo vantagens aos trabalhadores e sindicatos em contratações realizadas pelo setor
público federal. Segundo os
sindicatos, as decisões deverão
reverter práticas adotadas durante os mandatos de Bush.
As medidas obrigarão a agência ou órgão federal que estiver
contratando trabalhadores para determinadas funções a
manter os mesmos empregados quando houver mudanças
de contratos e colocam impedimentos para que esses mesmos
entes públicos adotem restrições à prática sindical.
Biden afirmou, por sua vez,
que o principal foco de seu programa voltado à classe média é
o que qualificou como "uma
restauração da importância do
local de trabalho", daí a importância da atividade sindical.
"Por muitos anos a Casa
Branca fracassou em colocar a
classe média norte-americana
à frente e no centro de nossas
políticas econômicas. Mesmo
quando a economia crescia, a
classe média decaiu. A produtividade cresceu cerca de 20%
entre 2000 e 2007, mas a renda
das famílias trabalhadoras caiu
US$ 2.000 ao ano no período."
Embora Obama e Biden não
tenham definido quem exatamente pertence à classe média,
eles disseram que as medidas a
serem adotadas em conjunto
com os sindicatos deverão alcançar temas mais simples, como creches para filhos de trabalhadores, segurança no trabalho e planos e consultoria para aposentadoria. O plano incluiu a criação de site para obter sugestões e apresentar resultados.
(FCZ)
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