São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2004

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João Paulo e Sarney apóiam ministro na sessão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em atitude inusitada, os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), compareceram juntos, por dez minutos, à sessão em que o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) defendeu a política econômica entre elogios e críticas moderadas da oposição e de governistas.
"Foi um gesto de apoio ao ministro e ao trabalho que ele vem desenvolvendo", afirmou Sarney. "Queremos demonstrar que essa visão de que o Brasil está parado não corresponde à realidade", disse, a seu lado, João Paulo.
O gesto tornou mais evidentes os cuidados do governo e da oposição para o depoimento do ministro, cuja política de aperto fiscal e monetário passou a ser alvo de ataques crescentes, inclusive de setores do PT e do governo.
Palocci levou ao Senado seus principais secretários e assessores. Também estiveram presentes deputados petistas mais afinados com a Fazenda. Os senadores governistas que se pronunciaram fizeram queixas contra o desemprego e o baixo crescimento, mas pouparam o ministro de cobranças mais incisivas. Já os oposicionistas do PFL e do PSDB criticaram a paralisia do governo, mas preservaram o ministro.
Palocci aproveitou o clima favorável para minimizar os questionamentos à política econômica, que tratou como contribuições úteis ao debate -incluindo nessa lista as declarações de anteontem do vice-presidente José Alencar contra a política fiscal.
"Devemos valorizar o espírito de colaboração que há sempre nas palavras do vice-presidente José Alencar", disse. "Ele é um apoiador permanente de que o Brasil tem de ter um comportamento fiscal adequado; e ele faz insistente proposta de que nós baixemos os juros", completou, sorrindo.


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