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João Paulo e Sarney apóiam ministro na sessão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em atitude inusitada, os presidentes do Senado, José Sarney
(PMDB-AP), e da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP), compareceram juntos, por dez minutos, à
sessão em que o ministro Antonio
Palocci Filho (Fazenda) defendeu
a política econômica entre elogios
e críticas moderadas da oposição
e de governistas.
"Foi um gesto de apoio ao ministro e ao trabalho que ele vem
desenvolvendo", afirmou Sarney.
"Queremos demonstrar que essa
visão de que o Brasil está parado
não corresponde à realidade",
disse, a seu lado, João Paulo.
O gesto tornou mais evidentes
os cuidados do governo e da oposição para o depoimento do ministro, cuja política de aperto fiscal e monetário passou a ser alvo
de ataques crescentes, inclusive
de setores do PT e do governo.
Palocci levou ao Senado seus
principais secretários e assessores. Também estiveram presentes
deputados petistas mais afinados
com a Fazenda. Os senadores governistas que se pronunciaram fizeram queixas contra o desemprego e o baixo crescimento, mas
pouparam o ministro de cobranças mais incisivas. Já os oposicionistas do PFL e do PSDB criticaram a paralisia do governo, mas
preservaram o ministro.
Palocci aproveitou o clima favorável para minimizar os questionamentos à política econômica,
que tratou como contribuições
úteis ao debate -incluindo nessa
lista as declarações de anteontem
do vice-presidente José Alencar
contra a política fiscal.
"Devemos valorizar o espírito
de colaboração que há sempre nas
palavras do vice-presidente José
Alencar", disse. "Ele é um apoiador permanente de que o Brasil
tem de ter um comportamento
fiscal adequado; e ele faz insistente proposta de que nós baixemos
os juros", completou, sorrindo.
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