São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Rumores sobre emissão soberana e captações no exterior animaram negócios; dólar recuou 1,05%

Investidor volta à Bolsa, que sobe 2,38%

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da apatia de segunda-feira, os investidores foram às compras no mercado acionário. Apenas 3 das 54 ações que compõem o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) encerraram o pregão em baixa.
A Bolsa de Valores de São Paulo registrou valorização de 2,38%. Destaque para as ações das empresas de telefonia, que estiveram entre as maiores altas. O papel ON (com direto a voto) da Tele Celular Sul foi o que mais subiu no pregão (8,6%). Logo atrás veio a ação ON da Tractebel, que fechou com alta de 6,3%.
Rumores de uma nova emissão soberana do país e de que a inflação medida pelo IGP-M divulgado ontem viria abaixo das previsões dos analistas fizeram o mercado ter um dia mais animado também em outros segmentos.
O dólar recuou 1,05%, para ser vendido a R$ 2,909 no fim do dia.

Espera
A expectativa do mercado em torno de novas captações privadas no exterior, que poderiam ser fechadas em breve, ajudou a derrubar o dólar. São esperadas para as próximas semanas captações da CSN, da Votorantim Celulose e Papel e da Telesp Celular.
Na sexta-feira, o banco Modal anunciou que fechou operação de captação de US$ 27 milhões. Desde a eclosão do caso Waldomiro Diniz, em meados de fevereiro, as captações de recursos perderam o ímpeto registrado nas primeiras semanas do ano.
Quando esse tipo de operação é fechada, dólares entram no mercado de câmbio e pressionam a cotação da moeda dos Estados Unidos para baixo.
O mercado especula que ainda em abril, mês que concentra pesados vencimentos da dívida pública no exterior, o governo poderia fazer nova emissão. Mas analistas ponderam que o risco-país está ainda elevado (em torno dos 550 pontos) e seria mais prudente esperar que recuasse um pouco.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, teria chegado a afirmar ontem, diante dos rumores, que não há nada decidido sobre a colocação de bônus da República no mercado internacional no mês de abril.
Os C-Bonds, títulos da dívida brasileira mais negociados no mercado internacional, encerraram o dia com valorização de 0,91%, a US$ 0,9738.
(FABRICIO VIEIRA)


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