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MERCADO FINANCEIRO
Rumores sobre emissão soberana e captações no exterior animaram negócios; dólar recuou 1,05%
Investidor volta à Bolsa, que sobe 2,38%
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois da apatia de segunda-feira, os investidores foram às
compras no mercado acionário.
Apenas 3 das 54 ações que compõem o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) encerraram
o pregão em baixa.
A Bolsa de Valores de São Paulo
registrou valorização de 2,38%.
Destaque para as ações das empresas de telefonia, que estiveram
entre as maiores altas. O papel ON
(com direto a voto) da Tele Celular Sul foi o que mais subiu no
pregão (8,6%). Logo atrás veio a
ação ON da Tractebel, que fechou
com alta de 6,3%.
Rumores de uma nova emissão
soberana do país e de que a inflação medida pelo IGP-M divulgado ontem viria abaixo das previsões dos analistas fizeram o mercado ter um dia mais animado
também em outros segmentos.
O dólar recuou 1,05%, para ser
vendido a R$ 2,909 no fim do dia.
Espera
A expectativa do mercado em
torno de novas captações privadas no exterior, que poderiam ser
fechadas em breve, ajudou a derrubar o dólar. São esperadas para
as próximas semanas captações
da CSN, da Votorantim Celulose e
Papel e da Telesp Celular.
Na sexta-feira, o banco Modal
anunciou que fechou operação de
captação de US$ 27 milhões. Desde a eclosão do caso Waldomiro
Diniz, em meados de fevereiro, as
captações de recursos perderam o
ímpeto registrado nas primeiras
semanas do ano.
Quando esse tipo de operação é
fechada, dólares entram no mercado de câmbio e pressionam a
cotação da moeda dos Estados
Unidos para baixo.
O mercado especula que ainda
em abril, mês que concentra pesados vencimentos da dívida pública no exterior, o governo poderia
fazer nova emissão. Mas analistas
ponderam que o risco-país está
ainda elevado (em torno dos 550
pontos) e seria mais prudente esperar que recuasse um pouco.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, teria chegado a
afirmar ontem, diante dos rumores, que não há nada decidido sobre a colocação de bônus da República no mercado internacional
no mês de abril.
Os C-Bonds, títulos da dívida
brasileira mais negociados no
mercado internacional, encerraram o dia com valorização de
0,91%, a US$ 0,9738.
(FABRICIO VIEIRA)
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