São Paulo, sábado, 31 de março de 2007

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Propaganda do PAC na TV custará R$ 7,8 mi

Campanha terá filme geral sobre o plano e quatro específicos sobre energia, infra-estrutura, transporte e tecnologia

Filmes vão aparecer na televisão por duas semanas; é última campanha que Luiz Dulci, da secretaria-geral da Presidência, vai coordenar


FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ainda não foi aprovado pelo Congresso e ministros responsáveis pelas obras acabam de assumir. Mesmo assim o governo não quer perder tempo e coloca no ar amanhã, dia 1º de abril, a sua mais nova campanha publicitária para divulgar o conjunto de ações anunciado em janeiro. As propagandas vão aparecer na TV durante duas semanas a um custo de R$ 7,799 milhões.
Um slogan será repetido em cinco filmes comerciais: "O governo federal investe para o Brasil crescer mais".
A campanha foi produzida pela agência de publicidade Matisse, sob o comando de Paulo de Tarso Santos. Também entra no ar um site com informações do PAC. O endereço é www.brasil.gov.br/pac.
Todos os sites do governo na internet devem receber banners remetendo para o endereço do PAC, no qual será possível conhecer números do programa. A previsão de investimentos é de R$ 503,9 bilhões.
O PAC é assim descrito no site: "Para o Brasil crescer com mais desenvolvimento e menos desigualdade, o governo federal lançou, no dia 22 de janeiro deste ano, um programa estratégico de investimentos (...) [o] PAC é um conjunto de medidas destinado a gerar mais emprego e renda, desonerar e incentivar o investimento privado, aumentar o investimento público e aperfeiçoar a política fiscal".
Amanhã, no horário nobre noturno de 22 emissoras de TV de todo o país, deve ser veiculado o primeiro comercial da série, que terá 60 segundos de duração. Será uma apresentação do PAC, enunciando quanto deve ser investido em cada região do país.
Nos próximos dias, entram no ar quatro outros comerciais mais curtos, de 30 segundos de duração. Essas serão propagandas mais temáticas, versando sobre energia, logística de transporte, infra-estrutura social urbana e tecnologia.
Ao longo dos comerciais, pessoas darão depoimentos sobre o PAC. A campanha já deveria ter entrado no ar antes, mas a área de comunicação social do Palácio do Planalto não ficou satisfeita com alguns detalhes dos comerciais e com um depoimento. Foi necessário refazer algumas peças.

Gastos com publicidade
A campanha do PAC é a última que o governo federal terá sob a coordenação do secretário-geral da Presidência, ministro Luiz Dulci. A partir de agora, o responsável será o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins.
Ao todo, a área publicitária institucional da Presidência da República tem um orçamento médio anual estimado em R$ 150 milhões. O valor total gasto pelo governo federal inteiro é maior -quando é considerada também a administração indireta (estatais).
No ano passado, só com publicidade em TVs, o governo federal gastou R$ 479,6 milhões até novembro. Em 2005, o valor total havia sido de R$ 569,7 milhões -um recorde desde o ano 2001, quando o governo federal passou a divulgar os seus números globais de gastos com publicidade.
O valor total gasto em publicidade em todas as mídias (TVs, rádios, jornais, revistas etc.) só é conhecido até 2005: R$ 888,4 milhões. Mas esse número só se refere a valores com veiculação dos comerciais.
Não são divulgados os gastos com o pagamento às agências de propaganda. O governo também não informa o total consumido com a publicação de publicidade legal (balanços). Em geral, a estimativa do mercado é que a administração federal gaste, por ano, cerca de R$ 1,5 bilhão em propaganda.


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