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Propaganda do PAC na TV custará R$ 7,8 mi
Campanha terá filme geral sobre o plano e quatro específicos sobre energia, infra-estrutura, transporte e tecnologia
Filmes vão aparecer na televisão por duas semanas; é última campanha que Luiz
Dulci, da secretaria-geral da Presidência, vai coordenar
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ainda
não foi aprovado pelo Congresso e ministros responsáveis pelas obras acabam de assumir.
Mesmo assim o governo não
quer perder tempo e coloca no
ar amanhã, dia 1º de abril, a sua
mais nova campanha publicitária para divulgar o conjunto de
ações anunciado em janeiro. As
propagandas vão aparecer na
TV durante duas semanas a um
custo de R$ 7,799 milhões.
Um slogan será repetido em
cinco filmes comerciais: "O governo federal investe para o
Brasil crescer mais".
A campanha foi produzida
pela agência de publicidade
Matisse, sob o comando de
Paulo de Tarso Santos. Também entra no ar um site com informações do PAC. O endereço
é www.brasil.gov.br/pac.
Todos os sites do governo na
internet devem receber banners remetendo para o endereço do PAC, no qual será possível conhecer números do programa. A previsão de investimentos é de R$ 503,9 bilhões.
O PAC é assim descrito no site: "Para o Brasil crescer com
mais desenvolvimento e menos desigualdade, o governo federal lançou, no dia 22 de janeiro deste ano, um programa
estratégico de investimentos
(...) [o] PAC é um conjunto de
medidas destinado a gerar
mais emprego e renda, desonerar e incentivar o investimento
privado, aumentar o investimento público e aperfeiçoar a
política fiscal".
Amanhã, no horário nobre
noturno de 22 emissoras de TV
de todo o país, deve ser veiculado o primeiro comercial da série, que terá 60 segundos de
duração. Será uma apresentação do PAC, enunciando quanto deve ser investido em cada
região do país.
Nos próximos dias, entram
no ar quatro outros comerciais
mais curtos, de 30 segundos de
duração. Essas serão propagandas mais temáticas, versando sobre energia, logística de
transporte, infra-estrutura social urbana e tecnologia.
Ao longo dos comerciais,
pessoas darão depoimentos sobre o PAC. A campanha já deveria ter entrado no ar antes,
mas a área de comunicação social do Palácio do Planalto não
ficou satisfeita com alguns detalhes dos comerciais e com
um depoimento. Foi necessário refazer algumas peças.
Gastos com publicidade
A campanha do PAC é a última que o governo federal terá
sob a coordenação do secretário-geral da Presidência, ministro Luiz Dulci. A partir de agora, o responsável será o ministro da Comunicação Social,
Franklin Martins.
Ao todo, a área publicitária
institucional da Presidência da
República tem um orçamento
médio anual estimado em R$
150 milhões. O valor total gasto
pelo governo federal inteiro é
maior -quando é considerada
também a administração indireta (estatais).
No ano passado, só com publicidade em TVs, o governo federal gastou R$ 479,6 milhões
até novembro. Em 2005, o valor total havia sido de R$ 569,7
milhões -um recorde desde o
ano 2001, quando o governo federal passou a divulgar os seus
números globais de gastos com
publicidade.
O valor total gasto em publicidade em todas as mídias
(TVs, rádios, jornais, revistas
etc.) só é conhecido até 2005:
R$ 888,4 milhões. Mas esse número só se refere a valores com
veiculação dos comerciais.
Não são divulgados os gastos
com o pagamento às agências
de propaganda. O governo também não informa o total consumido com a publicação de publicidade legal (balanços). Em
geral, a estimativa do mercado
é que a administração federal
gaste, por ano, cerca de R$ 1,5
bilhão em propaganda.
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