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Lucro do Pão de Açúcar cai 14,5% em 2006
Se forem consideradas despesas pontuais, como a demissão de 120 executivos, queda nos ganhos do grupo alcança os 66,7%
Deflação em algumas categorias de alimentos ajuda a justificar diminuição do lucro; rede quer elevar
foco no comércio eletrônico
TATIANA RESENDE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O lucro líquido do Grupo Pão
de Açúcar, que inclui a rede de
lojas de mesmo nome e as marcas Extra, CompreBem e Sendas, foi de R$ 220 milhões em
2006, queda de 14,5% com relação a 2005. Se consideradas
despesas pontuais, como a demissão de 120 executivos para a
eliminação de dois níveis hierárquicos no grupo e processos
das operações de exportação de
soja, o lucro foi de R$ 85,5 milhões, o que representa uma diminuição de 66,7% no mesmo
comparativo.
Já a receita líquida teve um
crescimento de 3,5% no período. Para conquistar maior participação no mercado, o grupo
fez uma reestruturação com foco na redução de despesas operacionais e, com os ganhos de
eficiência, diminuir os preços
para o consumidor.
Apesar da abertura de 21 novas lojas, houve o fechamento
de outras 28, por exemplo. Os
novos pontos incluem quatro
unidades do Extra Perto, que
marcou a entrada do grupo no
segmento de varejo de conveniência. "A bandeira Pão de
Açúcar já teve aumento no número de clientes", disse o diretor financeiro do grupo, Enéas
Pestana, sem informar, no entanto, qual foi o crescimento no
"market share".
Em 2006, houve deflação em
algumas categorias de alimentos, o que ajuda a justificar a diminuição do lucro porque as
empresas precisam vender
mais para elevar a receita.
A margem bruta sobre o lucro, que era de 29,6% em 2005,
caiu para 28,6%. "Esse um ponto percentual custa R$ 140 milhões", afirmou Pestana, acrescentando que vai manter a
margem nesse nível.
Os produtos não-alimentícios responderam por 26,5%
das vendas. A performance do
segmento foi impulsionada
principalmente pela categoria
de eletroeletrônicos, com destaque para informática.
Os aportes totalizaram R$
854,3 milhões, dos quais R$
261,4 milhões foram investidos
na abertura de novas lojas e R$
182,6 milhões na aquisição de
terrenos estratégicos.
Para este ano, a rede prevê a
abertura de 10 hipermercados e
20 supermercados e o foco no
segmento de não-alimentos,
com o fortalecimento do comércio eletrônico. A previsão é
a de um crescimento de 5% nas
vendas totais, comparando
com lojas existentes em 2006.
Outra meta para 2007 é a recuperação das vendas e a lucratividade no Rio de Janeiro, especialmente com a marca Sendas, responsável por boa parte
da dívida do grupo.
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