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Bolsa ensaia superar 70 mil pontos, mas perde fôlego
Dólar cai a R$ 1,795; investidor
aguarda futuro de Meirelles
EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE
A Bolsa de Valores de São
Paulo bateu ontem mais uma
vez no "muro" dos 70 mil pontos. Em meio a várias incertezas sobre a economia mundial,
esse patamar de preços continua como uma barreira que os
investidores não têm encontrado ânimo para superar.
O dólar também teve um dia
morno, enquanto os agentes de
mercado aguardavam uma definição sobre a saída de Henrique Meirelles da presidência do
Banco Central, o que, segundo
operadores, contribuiu para
travar os negócios.
A moeda americana foi vendida por R$ 1,795, em queda de
0,22%. "O mercado tem muita
confiança no trabalho dele
[Meirelles] e ficou muito receoso porque vai transferir essa
função para outra pessoa. Acho
que depois essa situação tende
a se acertar, mas, por enquanto,
ainda tem algum nervosismo",
diz Felipe Pellegrini, gerente da
corretora Confidence.
O índice Ibovespa, o "termômetro" da Bolsa paulista, encerrou o dia com uma modesta
alta de 0,03%, aos 69.959 pontos. Na máxima do dia, o índice
chegou aos 70.450 pontos, com
valorização de 0,73%.
"Todo o mercado está com
esse número [70 mil pontos] na
cabeça. Pode ser 70.300 ou
70.500, mas está muito próximo desse nível. A questão é que
estão faltando notícias mais
consistentes, ou indicadores,
que justifiquem um movimento mais forte", avalia Expedito
Araújo, da mesa de operações
da corretora Alpes.
"Também não tem dinheiro
novo na Bolsa. Todo mundo no
mercado já percebeu que o estrangeiro está mais seletivo."
A ação preferencial da Petrobras recuou 0,22%, em meio às
incertezas dos investidores sobre o processo de capitalização
da estatal. Sendo um dos papéis
mais negociados da Bolsa, o ativo da petrolífera também contribuiu para evitar uma recuperação mais acentuada do mercado brasileiro.
Nos EUA, o índice de ações
Dow Jones, da Bolsa de Nova
York, subiu 0,11%, apesar de indicador positivo de confiança e
de queda menor que a prevista
no preços de casas.
Ecorodovias
A Ecorodovias, concessionária de estradas (como o sistema
Anchieta-Imigrantes), precificou a ação em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) a R$ 9,50. É o primeiro
IPO do Brasil em 2010 em que a
oferta é colocada dentro do intervalo sugerido no prospecto
preliminar (entre R$ 9 e R$ 12).
O giro financeiro da operação
totaliza R$ 1,37 bilhão.
As quatro ofertas iniciais de
ações anteriores deste ano
-Aliansce, Multiplus, BR Properties e OSX- saíram com
preço por ação inferior ao originalmente projetado.
Com a Reuters
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