São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2010

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Bolsa ensaia superar 70 mil pontos, mas perde fôlego

Dólar cai a R$ 1,795; investidor aguarda futuro de Meirelles

EPAMINONDAS NETO
DA FOLHA ONLINE

A Bolsa de Valores de São Paulo bateu ontem mais uma vez no "muro" dos 70 mil pontos. Em meio a várias incertezas sobre a economia mundial, esse patamar de preços continua como uma barreira que os investidores não têm encontrado ânimo para superar.
O dólar também teve um dia morno, enquanto os agentes de mercado aguardavam uma definição sobre a saída de Henrique Meirelles da presidência do Banco Central, o que, segundo operadores, contribuiu para travar os negócios.
A moeda americana foi vendida por R$ 1,795, em queda de 0,22%. "O mercado tem muita confiança no trabalho dele [Meirelles] e ficou muito receoso porque vai transferir essa função para outra pessoa. Acho que depois essa situação tende a se acertar, mas, por enquanto, ainda tem algum nervosismo", diz Felipe Pellegrini, gerente da corretora Confidence.
O índice Ibovespa, o "termômetro" da Bolsa paulista, encerrou o dia com uma modesta alta de 0,03%, aos 69.959 pontos. Na máxima do dia, o índice chegou aos 70.450 pontos, com valorização de 0,73%.
"Todo o mercado está com esse número [70 mil pontos] na cabeça. Pode ser 70.300 ou 70.500, mas está muito próximo desse nível. A questão é que estão faltando notícias mais consistentes, ou indicadores, que justifiquem um movimento mais forte", avalia Expedito Araújo, da mesa de operações da corretora Alpes.
"Também não tem dinheiro novo na Bolsa. Todo mundo no mercado já percebeu que o estrangeiro está mais seletivo."
A ação preferencial da Petrobras recuou 0,22%, em meio às incertezas dos investidores sobre o processo de capitalização da estatal. Sendo um dos papéis mais negociados da Bolsa, o ativo da petrolífera também contribuiu para evitar uma recuperação mais acentuada do mercado brasileiro.
Nos EUA, o índice de ações Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,11%, apesar de indicador positivo de confiança e de queda menor que a prevista no preços de casas.

Ecorodovias
A Ecorodovias, concessionária de estradas (como o sistema Anchieta-Imigrantes), precificou a ação em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) a R$ 9,50. É o primeiro IPO do Brasil em 2010 em que a oferta é colocada dentro do intervalo sugerido no prospecto preliminar (entre R$ 9 e R$ 12). O giro financeiro da operação totaliza R$ 1,37 bilhão.
As quatro ofertas iniciais de ações anteriores deste ano -Aliansce, Multiplus, BR Properties e OSX- saíram com preço por ação inferior ao originalmente projetado.

Com a Reuters



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