São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002
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PAINEL S.A. Má notícia... As indústrias de embalagens flexíveis já receberam a má notícia da semana. Synésio Batista da Costa, presidente da associação Abraflex, diz que os fornecedores de resinas plásticas e de alumínio anunciaram um aumento de preços de até 12% por conta da alta do dólar. ...péssimo sinal "Pior que não ter como repassar os novos custos às indústrias é saber que o consumidor final sumiu", diz Synésio Batista. Em breve, as próximas notícias podem ser de demissões. Facão No setor eletroeletrônico, as demissões não param. A indústria encerrou os primeiros seis meses do ano com 126.140 trabalhadores. Segundo a Abinee, o número representa 5.000 postos menos que em dezembro passado e 17.340 menos que em junho de 2001. Em junho foram demitidos 110 empregados. Supremacia O porto de Santos fechou o primeiro semestre responsável por praticamente 50% do comércio exterior do país, de acordo com a Abracex. Foram importados por lá US$ 5,66 bilhões em mercadorias, 25,26% do total nacional, e exportados US$ 6,65 bilhões, o equivalente a 26,55% do total nacional. Sinal vermelho As apreensões feitas pela alfândega do porto de Santos, vista como uma das mais rigorosas, chegaram ao valor de R$ 26,51 milhões. Representaram 12,06% do total nacional de R$ 219,71 milhões. Estratégico Luiz Carlos Delben Leite (Abimaq) vai levar ao novo governo a proposta da criação de uma secretaria de inovação tecnológica diretamente ligada à Presidência da República. A idéia surgiu em debate na Escola Superior de Guerra. Para acalmar A BM&F inaugura na próxima segunda-feira uma exposição feita sob encomenda pelo MAM de São Paulo. Quem sabe os 22 trabalhos da mostra "Paisagens", além de aproximar os operadores da Bolsa de nomes consagrados da arte brasileira, possam acalmar os ânimos. Financiamento Até 2003, o financiamento externo exigiria recursos de pelo menos US$ 20 bilhões, segundo a LCA Consultores. Em 2002, seriam US$ 10,6 bilhões, e US$ 10,1 bilhões para 2003. Isso para que as perdas de reservas ficassem em apenas US$ 3 bilhões neste segundo semestre. Sem crise 1 O setor de seguros continua em crescimento. No topo, o seguro incêndio foi o que mais "engordou" em junho: a arrecadação chegou a R$ 1 milhão, contra apenas R$ 693 mil em junho de 2001, segundo a Susep. Sem crise 2 O seguro de automóvel chegou a R$ 3 milhões no mês passado. No setor de vida, foram arrecadados cerca de R$ 2,75 milhões. Verdadeira culpa Para Paulo Feldmann, vice-presidente da Ernst & Young Consulting, a crise nas telecomunicações deve-se em grande parte à má distribuição de renda no Brasil. "O país tem 11 milhões de linhas paradas à espera de quem possa consumi-las." E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Munição
Somente um acordo com o FMI dará poder suficiente para o Banco Central enfrentar o mercado e brecar a alta do dólar. Para Vladimir Caramaschi, da corretora Fator Doria Atherino, não adianta o BC tentar um confronto direto com medidas extremas. Uma redução do piso das reservas líquidas do país de US$ 15 bilhões para US$ 10 bilhões já seria munição suficiente para abastecer o BC com
US$ 5 bilhões, sem que o FMI tivesse que despender novos recursos. Os valores dariam fôlego ao BC e deixariam com medo os interessados em continuar a ganhar com a moeda americana. "Mas o sinal teria de ser dado em pelo menos uma semana,
para que o valor do dólar de R$ 3,30 não deixe de ser visto como transitório", diz. Synésio Batista da Costa, presidente da Abraflex e vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo NÚMEROS -2,39% Foi a queda do preço do aparelho de TV em São Paulo nos últimos 30 dias, segundo a Fipe. 1,67% Foi o aumento dos gastos com habitação neste mês, contra 0,69% em junho, diz o IGP-M da FGV. Próximo Texto: Economia em transe: Conversas com FMI não atenuam pânico Índice |
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