São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PERDAS NA SOJA
Apesar dos preços externos recordes da soja, os produtores paranaenses estão recebendo, nesta safra, 51% menos do que receberam em 2004.

EFEITO DÓLAR
Os dados são da assessoria técnica do deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) e levam em consideração a correção dos preços pelo IGP-DI e a queda interna do dólar nos principais meses de comercialização da soja.

PIOR PARA O CAFÉ
A desvalorização do dólar afeta ainda mais o setor de café, principalmente porque os concorrentes do Brasil recebem bons preços e investem na produção. Por aqui, a valorização do real inibe as receitas e dificulta os cuidados com a lavoura.

MENOS TECNOLOGIA
A perda de renda e a redução dos investimentos vão fazer com que o Brasil perca espaço no mercado externo, no futuro. No caso da soja, os efeitos não são tão dramáticos porque o Brasil é um dos poucos países que dispõem de áreas para produção.

PESO AGRÍCOLA
Os produtos agropecuários acumularam alta de 40,2% nos últimos 12 meses no atacado, conforme dados de ontem do IGP-M. A inflação média no período foi de 15,1%. Neste mês, soja, milho e carnes estiveram entre as maiores pressões.

NO PREJUÍZO
A elevação de custos das commodities agrícolas começa a ser refletida nos balanços das empresas que atuam nos setores de avicultura e suinocultura. Alguns balanços indicam perdas recordes nos dois últimos trimestres nos EUA.

NOVA QUEDA
O preço do suíno voltou a cair nos frigoríficos do interior de São Paulo. O período de férias escolares e as fracas vendas nas últimas semanas levaram à queda no valor da carne. Ontem, a arroba do animal chegou a ser comercializada a R$ 63 em algumas praças. Em uma semana a redução é de 5,8%.

BIODIESEL
Um pequeno produtor pode abastecer seu trator com produção própria de biodiesel vindo de resíduos não-aproveitáveis de animais. É o que mostra trabalho do aluno Flávio Araújo Marques e do professor Marcelo Carvalho Lorenzine, de escola da Fundação Bradesco, em Bodoquena (MS).

CIENTISTA DE AMANHÃ
Apropriado devido à busca pela substituição de combustíveis fósseis, o trabalho venceu o 51º Concurso Cientistas de Amanhã, do Ibecc (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), Unesco e CNPq, na 60ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).


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