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EUA crescem 4% no 2º tri, mas avanço não deve se repetir nos próximos meses
DA REDAÇÃO
O forte volume de investimentos ajudou a puxar o crescimento da economia dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano para uma taxa
anualizada revisada de 4%, de
acordo com o Departamento de
Comércio. A previsão inicial do
governo era que o PIB (Produto
Interno Bruto) tivesse avançado 3,4% entre abril e junho.
A revisão ficou em linha com
as estimativas feitas por analistas de Wall Street e bem acima
do fraco desempenho registrado nos três primeiros meses do
ano, quando a economia norte-americana cresceu 0,6%.
A taxa anualizada significa
que, se o crescimento no trimestre se repetir nos nove meses seguintes, será essa a expansão ao final de 12 meses.
A expansão registrada foi a
maior desde o início do ano
passado, mas dificilmente será
sustentada neste semestre, segundo vários analistas.
Nos últimos meses, um aperto no mercado de crédito provocado especialmente por problemas no segmento imobiliário de alto risco, conhecido como "subprime", fez com que os
formuladores de política monetária e analistas reduzissem
suas estimativas de crescimento do PIB dos Estados Unidos
para os próximos trimestres.
Num sinal de enfraquecimento do mercado de trabalho,
outros números divulgados ontem pelo governo norte-americano mostraram que os pedidos de seguro-desemprego subiram para seu patamar mais
elevado desde abril.
"Estruturalmente, a economia estava crescendo no primeiro semestre", disse Peter
Kretzmer, economista-sênior
do Bank of America Securities.
"Previmos que ela se desaceleraria de forma ligeira, mas
não de maneira tão pronunciada. Ela vai assumir um ritmo
suficientemente mais lento de
crescimento, no entanto, para
que o Fed [Federal Reserve, o
banco central dos Estados Unidos] encontre uma desculpa
para reduzir as taxas de juros",
afirmou Kretzmer.
O índice de inflação preferido pelo Fed, o PCE, vinculado
aos gastos do consumidor e que
exclui custos com alimentos e
combustíveis, cresceu ao ritmo
anualizado de 1,3% no segundo
trimestre. Esse foi seu ritmo de
expansão mais lento desde o
segundo trimestre de 2003,
quando ele também avançou
1,3%. Nos três primeiros meses
deste ano, esse índice registrou
alta de 2,4%.
Com agências internacionais
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