São Paulo, sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EUA crescem 4% no 2º tri, mas avanço não deve se repetir nos próximos meses

DA REDAÇÃO

O forte volume de investimentos ajudou a puxar o crescimento da economia dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano para uma taxa anualizada revisada de 4%, de acordo com o Departamento de Comércio. A previsão inicial do governo era que o PIB (Produto Interno Bruto) tivesse avançado 3,4% entre abril e junho.
A revisão ficou em linha com as estimativas feitas por analistas de Wall Street e bem acima do fraco desempenho registrado nos três primeiros meses do ano, quando a economia norte-americana cresceu 0,6%.
A taxa anualizada significa que, se o crescimento no trimestre se repetir nos nove meses seguintes, será essa a expansão ao final de 12 meses.
A expansão registrada foi a maior desde o início do ano passado, mas dificilmente será sustentada neste semestre, segundo vários analistas.
Nos últimos meses, um aperto no mercado de crédito provocado especialmente por problemas no segmento imobiliário de alto risco, conhecido como "subprime", fez com que os formuladores de política monetária e analistas reduzissem suas estimativas de crescimento do PIB dos Estados Unidos para os próximos trimestres.
Num sinal de enfraquecimento do mercado de trabalho, outros números divulgados ontem pelo governo norte-americano mostraram que os pedidos de seguro-desemprego subiram para seu patamar mais elevado desde abril.
"Estruturalmente, a economia estava crescendo no primeiro semestre", disse Peter Kretzmer, economista-sênior do Bank of America Securities.
"Previmos que ela se desaceleraria de forma ligeira, mas não de maneira tão pronunciada. Ela vai assumir um ritmo suficientemente mais lento de crescimento, no entanto, para que o Fed [Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos] encontre uma desculpa para reduzir as taxas de juros", afirmou Kretzmer.
O índice de inflação preferido pelo Fed, o PCE, vinculado aos gastos do consumidor e que exclui custos com alimentos e combustíveis, cresceu ao ritmo anualizado de 1,3% no segundo trimestre. Esse foi seu ritmo de expansão mais lento desde o segundo trimestre de 2003, quando ele também avançou 1,3%. Nos três primeiros meses deste ano, esse índice registrou alta de 2,4%.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Vale do Rio Doce vai desdobrar ações no dia 3
Próximo Texto: Financiadora tem queda de 45% no lucro
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.