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Dólar recua para R$ 2,105, mas avanço no mês ainda é de 10,56%
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O dólar registrou seu quarto
dia seguido de baixa e passou a
acumular depreciação de 9,5%
na semana. A queda de 1,77% de
ontem levou a moeda norte-americana a fechar o pregão
sendo negociada a R$ 2,105.
O Banco Central manteve-se
atuante e realizou tanto leilão
para ofertar contratos de
"swap" cambial, no qual negociou aproximadamente US$ 1
bilhão, quanto vendeu dólares
com compromisso de recompra (cerca de US$ 860 milhões). Os contratos de "swap"
rendem a variação do câmbio
para as instituições financeiras
que os compram.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que já foram usados US$
32,8 bilhões para intervir no
mercado de câmbio. Ele justificou que, desse valor, apenas
US$ 4,5 bilhões vieram das reservas internacionais, que hoje
são de US$ 203 bilhões. O restante, segundo ele, teve origem
em operações que não envolvem diretamente as reservas,
como leilões de "swap" e de linhas para o comércio exterior.
Meirelles justificou que a
"atuação" no mercado cambial
tem o objetivo de prover "liquidez em moeda estrangeira".
Mesmo com o resultado de
ontem, o dólar chega ao fim
deste mês com apreciação elevada, de 10,56%. No acumulado
do ano, a divisa dos Estados
Unidos registra alta de 18,46%.
"Com o cenário externo um
pouco melhor, a certeza de que
o BC seguirá fornecendo liqüidez ao mercado cambial e a retração das empresas, as instituições financeiras não estão
mais tão tomadoras de dólares"
diz Miriam Tavares, diretora de
câmbio da corretora AGK.
"Se o cenário externo não se
deteriorar de forma acentuada,
o dólar deverá manter a tendência de baixa ante o real e
voltar ao patamar de R$ 2 nos
próximos dias. A moeda americana pode até voltar a oscilar
um pouco abaixo desse patamar, desde que as commodities
e o dólar no exterior se estabilizem um pouco", completa.
Anteontem, o Fed anunciou
que disponibilizou ao Brasil linhas de "swap" (troca) de moedas equivalentes a até US$ 30
bilhões, o que aumenta o poderio do BC para atuar no câmbio.
A redução dos juros nos EUA,
que caíram de 1,5% para 1%, é
outro fator que favoreceu o enfraquecimento do dólar. Para
os EUA, não é interessante que
sua divisa se mantenha em patamares muito elevados, pois
desestimula suas exportações.
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