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MBA no Brasil atrai estrangeiros

Escolas registram aumento do número de profissionais de outros países em cursos de negócios

CAMILA MENDONÇA
de são paulo

A procura de estrangeiros por cursos de MBA no Brasil aumentou. O modo como o país enfrentou a crise econômica e a intensificação da turbulência nos mercados europeu e norte-americano têm trazido profissionais em busca de aperfeiçoamento.

Quatro grandes escolas de negócios -FGV-Eaesp (escola de administração da Fundação Getulio Vargas), Insper, Instituto Coppead de Administração da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Trevisan- disseram à Folha ter registrado alta da quantidade de alunos de outros países em seus cursos.

Na FGV-Eaesp, o número de estrangeiros matriculados foi de 151 para 333 -aumento de 120% entre 2008 e 2011.

"O Brasil é conhecido como país de oportunidades de negócio", afirma a professora Julia von Maltzan Pacheco.

A escola oferece dois cursos totalmente em inglês para profissionais de outras nacionalidades. O italiano Francesco Losurdo, 22, administrador de empresas, está matriculado em um deles.

"Meu pai queria que eu estudasse nos Estados Unidos, mas, no 'business', faz mais diferença a experiência em uma economia emergente."

Seu intuito é ficar no Brasil até 2016 e "explorar as oportunidades do mercado".

A relações-internacionais japonesa Yumi Tsunoda, 33, que faz MBA Executivo no Insper, também não marcou passagem de volta. Contratada por uma empresa no Brasil, ela diz que a convivência em sala de aula ensina uma "nova cultura de negócios".

PARCERIAS

De olho em profissionais que têm visto no Brasil chances de impulsionar a carreira, instituições de ensino estrangeiras ampliam as alianças com brasileiras.

"Recebemos cada vez mais propostas de parcerias", conta Silvio Laban, coordenador de MBA do Insper, que tem acordo com cinco instituições dos EUA e de Portugal.

Há escolas que organizam programas próprios, como a Trevisan Escola de Negócios, cuja meta é lançar curso de imersão de 15 dias no Brasil em 2013. "Percebemos que [estrangeiros] querem entender como funcionam os negócios aqui", esclarece Olavo Furtado, coordenador de pós-graduação e MBA.

O Coppead, por sua vez, iniciou em janeiro consórcio com universidades dos EUA, da Itália e da Rússia.

Para os brasileiros, o saldo é mais positivo -em forma de troca de experiências- do que negativo -temor de perder espaço no mercado. Em busca de aprendizado multicultural, Guilherme Scatena, 23, optou por curso com estrangeiros na FGV. "Conviver com eles é o grande atrativo."

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