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Rotatividade exige saída pacífica

Bom desempenho em emprego anterior abre portas para retornar em outro momento de carreira

CAMILA MENDONÇA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não importa o que leva o profissional a pedir demissão -novas oportunidades, insatisfação ou estagnação-, deixar as portas abertas é possível. O quanto depende mais do histórico e das marcas deixadas que do comportamento no momento da saída, afirma Irene Azevedo, diretora de negócios na LHH/DBM.

Em época de alta rotatividade -56% dos executivos pretendem trocar de emprego, segundo pesquisa feita com 1.200 pessoas em 2010 e 2011 pela consultoria Mercer-, sair bem pode ser providencial para a carreira.

É o que mostra a trajetória de Karen Teles, 25. Em dois anos, ela passou de assistente da área de marketing para analista júnior na academia Competition, em São Paulo.

Só decidiu pedir demissão depois de conversar com os chefes sobre a possibilidade de atuar com redes sociais. Mas eles disseram não haver projetos no curto prazo.

Um ano depois, Teles recebeu proposta de voltar como analista sênior. "Saí por um desafio; voltei por outro."

Ponto positivo para Teles foi ter acertado a forma de fazer a despedida da empresa.

Há duas regras que devem ser seguidas, ensina Lúcia Almeida, coordenadora de RH do Grupo Nova Visão Humana. Uma é dar tempo para a empresa encontrar um substituto. Outra é deixar os motivos da saída claros.

O alto escalão requer mais cuidados na hora do adeus. "Normalmente, a saída não é tranquila", avalia Almeida.

Ela explica que, nesse nível hierárquico, o executivo tem informações importantes da empresa e a transição é mais demorada.

SUCESSÃO

Para evitar desgastes e sair bem, Robson Campos, 41, preparou-se com antecedência de dois anos. O executivo, que até 2009 ocupava cargo de diretoria na empresa de energia Wärtsilä, não enxergava mais caminhos a serem percorridos. "Planejei tudo, preparei sucessor, saí com a decisão tomada e não dei brecha para eles negociarem."

Como Campos estava havia 20 anos na empresa, a notícia de sua saída assustou os demais, afirma. Oito meses depois, ele recebeu convite para voltar como presidente.

Para o executivo, o tempo de casa, o fato de não ter ido para concorrente e a transparência nos relacionamentos no trabalho o fizeram voltar.

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