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Setor aquecido traz publicitários de volta

Crescimento do mercado interno faz aumentar a demanda por profissionais com experiência global

Alessandro Shinoda/Folhapress
De volta ao país, Fernanda Romano abriu escritório da Naked
De volta ao país, Fernanda Romano abriu escritório da Naked

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Um mercado de trabalho que paga salários altos, onde estão algumas das agências mais premiadas do mundo, donas de grandes contas. Esse é o resumo atual do setor de publicidade brasileiro, que vem repatriando profissionais que passaram anos trabalhando no exterior.

Luiz Lara, presidente da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), apresenta o panorama: "Com o crescimento do mercado interno, abriu-se uma janela de oportunidades para pessoas talentosas. Quem trabalhou fora ganhou experiência".

Foi o que aconteceu com a publicitária Fernanda Romano, 37. Em 2005, ela saiu do Brasil para trabalhar em uma agência em Nova York. De lá, partiu para Madri. Depois, mudou-se para Londres.

Recentemente, voltou ao Brasil e abriu um escritório da multinacional Naked. Com a experiência no exterior, ela diz que aprendeu a valorizar ainda mais a metodologia, a técnica e a disciplina desses mercados.

"Também passei a apreciar a capacidade de improviso, a flexibilidade e a paixão que colocamos na profissão. No Brasil, o trabalho é a nossa vida", afirma.

ALÉM DO PÃO DE QUEIJO

Os repatriados, diz Ícaro Dória, 32, diretor de criação da Wieden+Kennedy, "não voltaram porque acordaram com saudades do pão de queijo".

O motivo do retorno, ele afirma, é que as empresas brasileiras estão com uma demanda maior por profissionais globais. Quem conhece outros mercados é valorizado por aqui. Dória morou nove anos fora do país. Trabalhou em Portugal e em três cidades norte-americanas.

Para a diretora de arte Gisele Kyrillos, 38, que morou em Portugal entre 1996 e 2005, elevar o "passe" por conta da atuação fora acontece apenas com os profissionais que já tinham um nome no Brasil.

"Achava que, por ter trabalhado no exterior, as portas se abririam. Mas vi que não havia feito nada que se comparasse às campanhas de agências de São Paulo."

Ao chegar à capital paulista, Kyrillos teve de aceitar uma vaga inferior à que ocupava em Portugal. Em 2006, ela se mudou para Nova York com o marido, diretor de arte, que recebeu uma proposta de trabalho. Lá, frilou para a Green Team, agência de marketing verde.

Em 2011, ela abriu um escritório brasileiro da empresa.

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