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Vaga em eleição depende de 'QI'

Em agosto, partidos políticos contratam para o período eleitoral, mas pedem indicações

Simon Plestenjak/Folhapress
Com indicação, Henrique Diniz conseguiu uma vaga temporária para trabalhar na campanha
Com indicação, Henrique Diniz conseguiu uma vaga temporária para trabalhar na campanha

ANDRÉ ZARA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As eleições municipais de outubro vão criar vagas temporárias no começo de agosto, época em que as campanhas políticas começam a intensificar sua atuação na rua, na TV e no rádio. Em São Paulo, o aumento de 12,7% no número de candidatos a vereador neste ano tende a ser acompanhado, também, por uma maior geração de empregos temporários.

Não existe um levantamento que mostre quantas vagas são criadas no período eleitoral, mas, somente no setor gráfico, há a previsão de 5.000 novas oportunidades no Estado, segundo projeção da Abigraf-SP (associação da indústria gráfica). Para cuidar da manutenção das urnas eletrônicas, um consórcio de empresas autorizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) irá contratar 1.862 pessoas no Estado.

"É difícil mensurar quantos postos de trabalho uma eleição gera, pois ela envolve profissionais diretos e terceirizados de segmentos muito distintos. Sabemos que profissionais de comunicação e cabos eleitorais são os mais requisitados", diz Carlos Manhanelli, presidente da ABCOP (Associação Brasileira de Consultores Políticos).

Para trabalhar em uma campanha, Marco Iten, especialista em marketing político, diz que o melhor caminho é a indicação. "Políticos se sentem mais confortáveis em contratar por meio dos seus militantes e candidatos", diz.

O PT recorre a essa estratégia. De acordo com a assessoria de imprensa da campanha, o partido só "trabalha com indicação, geralmente de militantes". O PPS planeja contratar cooperativas para prestar serviços. No entanto, recebe diariamente currículos de pessoas interessadas em trabalhar na campanha. Segundo a assessoria do partido, currículos são aceitos, sem compromisso, no comitê (rua Dr. Germaine Burchard, 352, Barra Funda). Procurados, PMDB e PSDB não se manifestaram.

Quem quer trabalhar nas eleições de forma terceirizada também precisa ser indicado. Formado em relações públicas, Henrique Diniz, 31, trabalhava em uma ONG em Brasília até ela encerrar suas atividades, há dois meses. Procurando um emprego, foi indicado para uma vaga temporária como assessor de mídias sociais na Life Comunicação, em São Paulo. "Vou cuidar das redes sociais de um candidato a prefeito." Segundo a dona da agência, Lívia Fernanda, mais duas pessoas foram contratadas para atender a candidatos. Até o fim das eleições, outras cinco vagas devem ser criadas.

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