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Monitoramento distancia usuário

Companhias podem controlar bate-papos, tempo de acesso e frequência de comunicação

DE SÃO PAULO

Nem todos os profissionais sentem-se à vontade com as novas ferramentas digitais disponibilizadas pelas empresas. A falta de hábito é o principal motivo para que as redes sociais corporativas não sejam unanimidade.

Vandreza Freiria, 30, coordenadora de sustentabilidade da Basf, de químicos, é uma das que não se acostumaram com o ambiente virtual. Por isso, diz, ainda não utiliza "com tanta frequência assim" a rede interna, batizada de Connect.Basf.

"Eu realmente não tenho perfil para essas coisas, porque sofro quando não consigo responder a todo mundo que manda mensagem."

Para ganhar familiaridade com a ferramenta, Freiria conta com o colega Thiago Caixeta, 26, analista de sustentabilidade e usuário assíduo da rede interna. "Aqui, o gargalo maior é a questão cultural mesmo", avalia ele.

Considerando apenas os funcionários da empresa no Brasil, 17% aderiram ao Facebook corporativo. No mundo, 28% são usuários ativos.

CONTROLE

Não é somente a pouca familiaridade que afasta profissionais das redes sociais corporativas. Para alguns, a ferramenta pode ser um meio de monitoramento.

Companhias que desenvolvem os programas dizem ser possível fazer vigilância do conteúdo, do tempo de acesso e até da frequência com que um funcionário se comunica com um colega.

Essas plataformas permitem às empresas traçar estratégias de comunicação mais "seguras" em um ambiente "controlado", define Bruce McCalley, diretor da Jive para a América Latina, companhia desenvolvedora de software. Em todo o mundo, a empresa fornece a ferramenta a cerca de 3.000 empresas.

A plataforma, criada pela Totvs, é utilizada por dez empresas brasileiras, também permite monitoramento.

Na companhia, o By You, como é chamado, está em funcionamento desde janeiro deste ano. "A gente deixa explícito que a rede profissional vai ser analisada, mas a política tem que ser transparente", destaca Weber Canova, vice-presidente de tecnologia e inovação da Totvs.

"Sugerimos [às empresas] não monitorar conteúdo, apenas o volume de mensagens trocadas entre funcionários", afirma Wilton Pinheiro, diretor-executivo da B2Learn, que tem contrato com grandes companhias brasileiras.

"Tem cliente que quer moderação 24 horas por dia. Nosso papel é dizer o que está acontecendo [na intranet], mas não apontar quem faz o quê. A partir daí, ele toma a medida que quiser", define.

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