São Paulo, domingo, 1 de março de 1998

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Expande mercado para corretor de seguros

da Reportagem Local

O crescimento do mercado de seguros, que fechou 1997 movimentando cerca de R$ 18 bilhões -em 96 foram R$ 16 bilhões-, está abrindo novas frentes de trabalho para o corretor de seguros.
Segundo Carlos Trindade, 39, vice-presidente da Icatu Hartford Seguros, as áreas de seguro de vida e de previdência privada são as que estão liderando a expansão do campo de atuação. "Estamos vivendo um boom, com uma procura crescente por especialistas."
A previdência privada, diz ele, deve explodir nos próximos anos devido à estabilidade da economia, gerando a possibilidade de planejar aplicações. O fim da inflação anual de três dígitos também deve impulsionar o crescimento da procura por seguros de vida.
Outro aliado do corretor de seguros é a expansão do mercado. Atualmente, há cerca 126 empresas do ramo no Brasil, de acordo com levantamento da Marítima Seguros, escolhida no ano passado pelos corretores como a companhia número um na prestação de serviços. No início da década, a quantidade de seguradoras era cerca de 30% menor.
"O mercado de trabalho cresceu. Também é inegável que aumentou a concorrência entre os profissionais, pressionados por consumidores mais exigentes", explica Sergio Luiz Tomaz Camilo, 34, superintendente de produção da Marítima Seguros.
Novo perfil
Para emplacar na área, hoje não é mais suficiente ter segundo grau completo, exigência para exercer a profissão, e registro profissional, obtido mediante aprovação no exame da classe, segundo Camilo.
Tanto para se especializar na área de proteção à pessoa, que também engloba seguro de acidentes pessoais e planos de saúde, como na patrimonial (garantia dos bens, como carro e casa), está se tornado quase um pré-requisito fazer um curso específico (leia reportagem ao lado).
A opinião é de João Leopoldo Bracco, 55, vice-presidente do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros e Capitalização no Estado de São Paulo). "O mercado valoriza cursos da Fundação Escola Nacional de Seguros", diz.
O corretor de pastinha, pouco qualificado e que se limitava a vender seguro de automóvel, está com os dias contados, na opinião de Carlos Trindade, da Icatu.
No momento, são indispensáveis para esse profissional conhecer a fundo matemática financeira, investimentos e comportamento do mercado financeiro. Além disso, é preciso ter um bom nível cultural e, com isso, estar à altura dos clientes.
(CARLA ARANHA SCHTRUK)


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