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WORKSHOP
Expande mercado para corretor de seguros
da Reportagem Local
O crescimento do mercado de
seguros, que fechou 1997 movimentando cerca de R$ 18 bilhões
-em 96 foram R$ 16 bilhões-,
está abrindo novas frentes de trabalho para o corretor de seguros.
Segundo Carlos Trindade, 39, vice-presidente da Icatu Hartford
Seguros, as áreas de seguro de vida
e de previdência privada são as
que estão liderando a expansão do
campo de atuação. "Estamos vivendo um boom, com uma procura crescente por especialistas."
A previdência privada, diz ele,
deve explodir nos próximos anos
devido à estabilidade da economia, gerando a possibilidade de
planejar aplicações. O fim da inflação anual de três dígitos também
deve impulsionar o crescimento
da procura por seguros de vida.
Outro aliado do corretor de seguros é a expansão do mercado.
Atualmente, há cerca 126 empresas do ramo no Brasil, de acordo
com levantamento da Marítima
Seguros, escolhida no ano passado
pelos corretores como a companhia número um na prestação de
serviços. No início da década, a
quantidade de seguradoras era
cerca de 30% menor.
"O mercado de trabalho cresceu. Também é inegável que aumentou a concorrência entre os
profissionais, pressionados por
consumidores mais exigentes",
explica Sergio Luiz Tomaz Camilo, 34, superintendente de produção da Marítima Seguros.
Novo perfil
Para emplacar na área, hoje não
é mais suficiente ter segundo grau
completo, exigência para exercer a
profissão, e registro profissional,
obtido mediante aprovação no
exame da classe, segundo Camilo.
Tanto para se especializar na
área de proteção à pessoa, que
também engloba seguro de acidentes pessoais e planos de saúde,
como na patrimonial (garantia
dos bens, como carro e casa), está
se tornado quase um pré-requisito
fazer um curso específico (leia reportagem ao lado).
A opinião é de João Leopoldo
Bracco, 55, vice-presidente do
Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros e Capitalização no
Estado de São Paulo). "O mercado
valoriza cursos da Fundação Escola Nacional de Seguros", diz.
O corretor de pastinha, pouco
qualificado e que se limitava a
vender seguro de automóvel, está
com os dias contados, na opinião
de Carlos Trindade, da Icatu.
No momento, são indispensáveis para esse profissional conhecer a fundo matemática financeira, investimentos e comportamento do mercado financeiro.
Além disso, é preciso ter um bom
nível cultural e, com isso, estar à
altura dos clientes.
(CARLA ARANHA SCHTRUK)
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