São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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Estágios & trainees

Alunos "pulam de galho em galho" por experiência

Consultores de RH contestam falta de estabilidade

MARIANA DESIMONE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se é atirando para todos os lados que se acerta, não se sabe. Mas diversificar conhecimentos e vivência é a aposta de muitos estudantes durante o período de estágio na graduação.
"A experiência é uma continuação da vida acadêmica. Eu deixo o programa quando sinto que não vou aprender mais", explica o estudante Felipe Hashimoto Craveiro, aluno do terceiro ano de engenharia civil no Mackenzie que já está em seu terceiro estágio.
O universitário afirma ter descumprido apenas o contrato do primeiro estágio, que deixou no sétimo mês. "Ficava muito no escritório, no computador. Depois, fui para uma empresa de instalações hidráulica e elétrica, e, por isso, ficava só na rua. Hoje, faço uma mistura dos dois -não passo meus dias nem fechado em uma sala nem lidando só com obra. Também gerencio pessoas e materiais", completa ele, assegurando que irá "terminar o programa".
Complementação de experiências anteriores é uma busca comum entre os estudantes. "Meu antigo estágio começou em uma área e terminou em outra", conta Amir Hamar, do segundo ano de tecnologia de redes da Fiap (Faculdade de Informação e Administração Paulista). Hamar foi contratado após dois estágios -um deles quando ainda cursava o ensino técnico. "Em tecnologia, ser contratado é bastante comum. A empresa também dá muito treinamento", comenta.
E é justamente por causa do treinamento que muitas companhias avaliam positivamente o estudante que "pula" de uma firma para a outra.
"O ideal é que se cumpra o programa todo", enfatiza Fábia Silva, analista de RH da ThyssenKrupp. "É ruim quando treinamos, apostamos e, após quatro meses, o estagiário vai embora. Temos de repetir todo o processo seletivo", completa Roni Tarifa, gerente de RH da construtora Tarjab.

Preparação
Sendo negativo ou não para a firma -e para o currículo-, os estagiários buscam experiências novas que, no futuro, os deixarão mais preparados.
"Quero chegar ao último semestre do curso sentindo que experimentei todas as áreas que me interessavam. É por isso que serei bem-sucedido", justifica Cássio Ureshino, que acaba de partir para o segundo programa de estágio em turismo -agora, em ecoturismo.


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