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PREPARAÇÃO
Começando pelo básico, estudo não espera edital
Candidatos prevêem conteúdo ao rever regras de provas anteriores
FLAVIA GALEMBECK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A busca pela eficiência no setorpúblico
temaumentadonão
só o número de vagas de nível
superior oferecidasemconcursos
mas tambémo nível de exigência
das provas pelas quais se
deve passar para chegar a elas.
E, devido àboa remuneração,
normalmente superior à do setor
privado, passar nessas seleções
virou tarefade mestre.
As provas pedem um bom volume
de disciplinas, então o
primeiro passo é organizar o
tempoparadar conta detudo.
Outras dicas são adotar técnicas
de estudo, racionalizar o
conteúdo do edital e buscar
exercícios focados e contextualizados
de acordo com quem
elaborou a prova, segundo Vivaldo
Pereira, coordenador de
carreiras em gestão pública da
CentraldeConcursos.
O tempo médio de preparação
de um candidato é de 18
meses, calcula Sylvio Motta,
coordenador do curso preparatório Companhia dos Módulos.
O candidato pode começar
emcasa, pelasmatériasbásicas:
português, língua estrangeira,
direito (constitucional, administrativo
e tributário), contabilidade,
matemática financeira,
raciocínio e lógica. Essa fase
duradeseis a oitomeses.
"Baseando-se em editais anteriores,
o candidato estabelece
prioridades e antevê matérias
específicas para ir se preparando
um ano antes de o edital
sair", aconselhaMotta.
Ele estima que, em 18 meses
de estudo, gastem-se de R$ 10
mil a R$ 18 mil em cursinho
preparatório e livros - e a metade
disso se a opção for estudar
por conta própria, em gastos
commaterial.
Passou sozinho
Lenda entre "concurseiros",
quase todo mundo já ouviu a
história de alguém que pouco
estudou e mesmo assim passou
em um concurso público.
Sim, há pessoas que contrariam
as estatísticas e passam
em concursos com tempo de
preparação inferior ao da média.
É o caso de Alexandre Rocha,
27, engenheiro de produção
que há sete meses foi contratado pela Petrobras.
Assimque se formou, ele engatou
omestrado e se inscreveu
na seleção. "Não tive muito
tempo para estudar porque trabalhava,
mas o mestrado me
ajudou a aprofundar os conhecimentos
da graduação. Li
atentamente o edital e alguns
livros", conta.
Já a administradora de empresas
mineira Kênia Schneider,
33, havia tentado ingressar
na empresa em 2001 e 2004,
semestudar e semsucesso.
No ano passado, matriculouse
em um cursinho assim que o
edital foi publicado. Estudou
ummês e priorizou asmatérias
específicas. Com sete anos de
experiência profissional e pós
emmarketingnabagagem,dessa
vez, o resultado foi diferente:
passouna31ª colocação.
"Trabalhar na Petrobras era
omeu sonho. É preciso ter metas
e tentar concursos em que
‘caiam’ asmesmasmatérias."
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