São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

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PREPARAÇÃO

Começando pelo básico, estudo não espera edital

Candidatos prevêem conteúdo ao rever regras de provas anteriores

FLAVIA GALEMBECK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A busca pela eficiência no setorpúblico temaumentadonão só o número de vagas de nível superior oferecidasemconcursos mas tambémo nível de exigência das provas pelas quais se deve passar para chegar a elas. E, devido àboa remuneração, normalmente superior à do setor privado, passar nessas seleções virou tarefade mestre.
As provas pedem um bom volume de disciplinas, então o primeiro passo é organizar o tempoparadar conta detudo.
Outras dicas são adotar técnicas de estudo, racionalizar o conteúdo do edital e buscar exercícios focados e contextualizados de acordo com quem elaborou a prova, segundo Vivaldo Pereira, coordenador de carreiras em gestão pública da CentraldeConcursos. O tempo médio de preparação de um candidato é de 18 meses, calcula Sylvio Motta, coordenador do curso preparatório Companhia dos Módulos.
O candidato pode começar emcasa, pelasmatériasbásicas: português, língua estrangeira, direito (constitucional, administrativo e tributário), contabilidade, matemática financeira, raciocínio e lógica. Essa fase duradeseis a oitomeses.
"Baseando-se em editais anteriores, o candidato estabelece prioridades e antevê matérias específicas para ir se preparando um ano antes de o edital sair", aconselhaMotta. Ele estima que, em 18 meses de estudo, gastem-se de R$ 10 mil a R$ 18 mil em cursinho preparatório e livros - e a metade disso se a opção for estudar por conta própria, em gastos commaterial.
Passou sozinho
Lenda entre "concurseiros", quase todo mundo já ouviu a história de alguém que pouco estudou e mesmo assim passou em um concurso público.
Sim, há pessoas que contrariam as estatísticas e passam em concursos com tempo de preparação inferior ao da média. É o caso de Alexandre Rocha, 27, engenheiro de produção que há sete meses foi contratado pela Petrobras. Assimque se formou, ele engatou omestrado e se inscreveu na seleção. "Não tive muito tempo para estudar porque trabalhava, mas o mestrado me ajudou a aprofundar os conhecimentos da graduação. Li atentamente o edital e alguns livros", conta.
Já a administradora de empresas mineira Kênia Schneider, 33, havia tentado ingressar na empresa em 2001 e 2004, semestudar e semsucesso.
No ano passado, matriculouse em um cursinho assim que o edital foi publicado. Estudou ummês e priorizou asmatérias específicas. Com sete anos de experiência profissional e pós emmarketingnabagagem,dessa vez, o resultado foi diferente: passouna31ª colocação.
"Trabalhar na Petrobras era omeu sonho. É preciso ter metas e tentar concursos em que ‘caiam’ asmesmasmatérias."

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