COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para o estudante que deseja mais protagonismo no estágio, uma dica é ficar atento às novas parcerias que o IEL (Instituto Euvaldo Lodi), entidade do Sistema S de interação entre indústria e universidades, começa a implantar em São Paulo.
No modelo do instituto, o estagiário atua como um consultor para empresas, geralmente de pequeno porte. O contratante identifica necessidades em sua indústria e, em conjunto com um professor, o estagiário implementa uma melhoria de processo.
Atualmente, o IEL desenvolve uma parceria com a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e estuda outra com a USP (Universidade de São Paulo), comenta o gerente de estágio e desenvolvimento de talentos do órgão, Ricardo Romeiro.
Na PUC-SP, o acordo foca os estudantes de engenharia. O professor responsável pela implementação do novo programa de estágio, Luis Carlos de Campos, explica que "empresas já estão sendo procuradas para firmar parcerias".
Em outros Estados, diversas parcerias já foram fechadas.
Aluno de engenharia da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), Paulo Monteiro Martins, 22, obteve uma bolsa de iniciação por esse modelo.
O universitário desenvolveu uma técnica que insere resíduos de mármore (uma indústria tradicional no Estado) em pré-moldados de concreto.
"A empresa já demonstrou interesse em que eu trabalhe lá. Mas vou para os Estados Unidos em agosto por meio de uma outra bolsa", conta.

Alto desempenho
Para conseguir esse tipo de estágio, é importante dar atenção ao boletim escolar.
"Procuramos alunos de alto desempenho, com notas acima da média e desinibidos, pois terão que organizar processos dentro das empresas", explica Romeiro. "A seleção é feita junto com os professores. Há trabalho nos bastidores."
Segundo ele, os estágios agora serão estendidos a outras áreas, como administração.
(ANDRÉ LOBATO)


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