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São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2003

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PRIMEIRA LIÇÃO - MERCADO

Antes pouco usadas dentro das empresas, análises econômicas já ajudam no planejamento estratégico

Gestor estuda economia para bater concorrência

SILVIA BASILIO RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O compasso acelerado da globalização obrigou as empresas a repensarem suas maneiras de gerir. Embalados pela incerteza do amanhã, os planos e projeções ganharam maior dinamismo e tornaram-se pivôs da necessária aproximação entre as ciências da administração e da economia.
A contenção de custos e o condicionamento ao mercado financeiro refletem essas mudanças, diz o diretor da pós-graduação da Escola de Administração de Empresas (associada à Universidade Politécnica da Catalunha, Espanha), Josep Bertrán i Jordana, 45.
As análises econômicas, clássicas ou modernas, viraram novas armas de gestão. Segundo Daniel Spulber, 50, professor da Kellogg School of Management, cresce o uso da Teoria dos Jogos, por exemplo, como auxílio à criação de estratégias competitivas nas empresas. "É útil em situações em que o resultado de uma decisão não depende só do indivíduo que a toma, mas também das decisões dos competidores", diz Jordana.
Na área de finanças, Kuldeep Shastri, 48, da Universidade de Pittsburgh (EUA), destaca o conceito de administração baseada em valor, que busca agregá-lo às decisões tomadas na empresa para gerar lucros aos acionistas.
Embora difundidas, Marcos Fernandes, 40, coordenador da pós-graduação da FGV-Eaesp, afirma que ainda há preconceito no uso de teorias econômicas. "Elas deveriam ter maior inserção nos cursos de administração."


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