COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com vivência em movimentos sociais e sindicais, o engenheiro Afonso Geraldo Gomes, 57, foi parar no outro lado do balcão: abriu uma confecção em Belo Horizonte.
Gomes passou a observar, no papel de empresário, que as pessoas buscavam emprego sem nenhum direcionamento e que, pior ainda, aceitavam fazer qualquer coisa para trabalhar.
Interessado em gerar mais empregos além dos que criara em seu empreendimento, ele montou, em junho de 2002, a Associação RendaEmprego.
Com o apoio de outros empresários locais, a entidade auxilia os candidatos na procura de um lugar para trabalhar e lhes fornece orientação.
"Nós, as empresas, sempre temos vagas. O que falta é encontrar a pessoa certa", diz ele.
Para estimular o autoconhecimento profissional e pessoal do cidadão, a ONG se transformou em fonte de informação.
Psicólogos e assistentes sociais dão palestras sobre como fazer um currículo corretamente ou como aumentar a auto-estima. Quem procura a entidade encontra a divulgação de cursos e treinamentos que são realizados na Grande BH.

Colocação difícil
Os interessados passam por uma triagem num balcão logo na entrada da associação. A maior parte dos atendidos são jovens à procura do primeiro emprego, mas há também os mais velhos querendo obter a recolocação profissional.
Em 2007, foram 8.018 atendimentos. O sonho de garantir a empregabilidade, porém, ainda é conquistado de pouco em pouco: 200 pessoas conseguiram obter o emprego.
Gomes agora está implantando um sistema de rede entre os próprios desempregados para que eles possam discutir entre si a questão do desemprego. "As pessoas ficam perdidas nessa situação", justifica.
(IG)