São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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ÁREAS PROMISSORAS

Tecnologia, educação, bem-estar, diversão e agronegócios estarão em alta até o fim da década

Conheça cinco ramos de trabalho com boas perspectivas pela frente

RENATO ESSENFELDER
EDITOR-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO E
ANDRESSA ROVANI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

À primeira vista, a expressão "profissões de futuro" remete a um mundo de alta tecnologia, em que avançadas máquinas convivem com o homem e o auxiliam em suas tarefas. Um mundo de ciborgues e supercomputadores.
De fato, a alta tecnologia veio para ficar e abarcará várias carreiras do futuro (que ainda nem existem) e de futuro (em expansão). Mas a próxima década também ampliará o espaço de áreas tradicionais, como o setor rural, o lazer, a educação e o bem-estar.
Segundo 24 especialistas ouvidos pela Folha, essas são áreas muito promissoras.

Agronegócio
Com uma produção de grãos que gerou 33% de seu PIB em 2003, é natural que a Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) preveja que o Brasil se tornará o maior produtor mundial de alimentos em dez anos.
A pujança favorecerá quem trabalha na área. "Profissões ligadas ao novo ciclo de desenvolvimento rural, da agricultura familiar à pesquisa de ponta, estarão em alta. O Brasil está predestinado a expandir o leque de produtos delas derivados", diz Ignacy Sachs, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (Paris).

Educação
Catastrófico para muitos, o crescente desmoronamento das relações estáveis de trabalho deve beneficiar a educação. É que, graças ao acirramento da competitividade entre profissionais, "as pessoas estão buscando, cada vez mais, aperfeiçoamento", avalia Renata Perroni, consultora da Manager. Além disso, o setor tem "um dos maiores déficits de mão-de-obra do país", analisa o sociólogo e especialista em relações do trabalho José Pastore.

Tecnologia da informação
"A segurança da informação não é só uma carreira de futuro, mas uma necessidade para as empresas de futuro", prevê Evandro Oliveira, diretor de auditoria do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação.
Como a área de tecnologia ainda não é regulamentada, acolhe um grande contingente de profissionais de diversos campos. Mas os nichos superespecializados -como segurança de dados- são os mais promissores.

Turismo e entretenimento
Cada vez mais, o lazer será um bom negócio. "Esse setor deve manter a tendência de alta graças ao crescimento da população e ao [crescente] tempo livre", pondera Sebastião Caixeta, presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho.

Qualidade de vida
Já o bem-estar, em alta contínua, revela -e gratifica- profissionais inusitados, como naturólogos e psicólogos especialistas em estresse. "As pessoas querem se sentir bem, e isso se tornou um bem de consumo", diz Alberto Ogata, do Instituto Brasileiro de Qualidade de Vida.
Viver melhor é também sentir-se mais bonito. A estética, que motivou a abertura de inúmeras clínicas especializadas nos últimos anos, é bom negócio, em especial para dermatologistas. Aplicações de botox, peeling e outros tratamentos médicos com função estética prometem bons salários para profissionais em constante atualização.


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